Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Unicef publicou um reporte sobre a prática de mutilação genital feminina. De acordo com a instituição, as vítimas vivas atualmente são mais de 230 milhões.
O mesmo levantamento foi feito oito anos atrás e mostra que esse tipo de violência vem crescendo em vez de diminuir. O aumento foi de 15%.
A Unicef aponta que isso se deve ao crescimento populacional nas regiões onde a prática vigora e à ineficácia das ações para acabar com o problema. A África concentra a maior parte dos casos (144 milhões), seguida pela Ásia (80 milhões) e o Oriente Médio (6 milhões).
Segundo o reporte, 40% das vítimas vivem em localidades precárias e afetadas por conflitos. Dentre os países em situação crítica, o levantamento cita Somália e Sudão.
“Nós estamos vendo uma tendência preocupante, de que mais meninas são submetidas à prática quando ainda são bem pequenas, muitas vezes antes do aniversário de cinco anos. Isso acaba reduzindo a janela para intervenção. A gente precisa fortalecer os esforços para acabar com essa prática tão nociva”, diz Catherine Russell, diretora executiva da Unicef.