Filhote de espécie de gorila criticamente ameaçada nasce em zoo nos EUA

O filhote é filho da fêmea de 20 anos de idade, Calaya, e seu companheiro, Baraka, de 31 anos. O casal de gorilas se reproduziu em setembro de 2022, seguindo uma recomendação de reprodução do Plano de Sobrevivência de Espécies (SSP) da Associação de Zoológicos e Aquários dos EUA.

Este é o segundo filho de ambos os pais, que tiveram outro filhote em 2018. Especialistas detectaram a gestação por meio de um teste de gravidez humano aplicado na mãe do filhote em outubro de 2022.

Treinada para participar de ultrassonografias, Calaya foi monitorada para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do feto. Mas o zoológico só noticiou sobre a gravidez da gorila em 23 de março.

Após dar à luz, a equipe de cuidados com os animais observou a fêmea amamentando o bebê agarrado nela. Os especialistas deixaram Calaya se relacionar com seu filhote sem interferência e seu habitat, na Great Ape House, foi fechado até o dia 30 de maio para dar tranquilidade a gorila.

Segundo o zoológico, por estar isolado com a mãe, pode levar algum tempo até que eles possam confirmar o sexo do bebê. Mas os cuidadores se dizem “cautelosamente otimistas de que o recém-nascido irá prosperar”.

“Estamos muito felizes em dar as boas-vindas a um novo bebê em nossa tropa de gorilas da planície ocidental”, disse Becky Malinsky, curadora de primatas, em comunicado. “Calaya é uma mãe experiente e tenho toda a confiança de que ela cuidará muito bem desse bebê, como fez com seu primeiro filho, Moke”.

A personalidade de Calaya, segundo seus guardiões, é protetora e cautelosa. Já o companheiro Baraka, é brincalhão e descontraído. Nos últimos anos, o papai gorila tem sido muito tolerante com as travessuras de Moke, de 5 anos. Agora a equipe está animada para ver como o irmão mais velho reagirá ao conviver com o mais novo que acaba de chegar.

Além de Calaya, Baraka, Moke e o novo bebê, o zoológico nos EUA abriga também uma gorila da planície ocidental adulta de 41 anos, chamada Mandara, e sua filha de 14 anos, Kibibi.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) lista a espécie como criticamente ameaçada devido à perda de habitat, doenças e caça furtiva. Cientistas estimam que nos últimos 20 a 25 anos, o número desses gorilas nativos da África diminuiu 60%, segundo o zoológico.

Um dos metais dentro de dispositivos eletrônicos, o tântalo, é extraído de áreas na República Democrática do Congo, onde vivem esses primatas. A reciclagem de eletrônicos que contêm o metal – incluindo telefones celulares, computadores, tablets, câmeras, consoles de jogos, aparelhos auditivos e sistemas GPS – pode ajudar a proteger o habitat dos gorilas.