Biologia

Por Redação Galileu

Uma nova pesquisa conduzida pelo King’s College London, no Reino Unido, em parceria com a Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, resolveu um longo debate sobre a origem da composição do cérebro dos artrópodes. Esse filo do reino animal é o mais rico em espécies — incluindo insetos, crustáceos, aranhas e outros aracnídeos, além de outras linhagens como milípedes e centopeias.

Publicado na Science na última quinta-feira (24), o estudo realizou uma análise detalhada dos restos fossilizados de um lobopodiano, conhecido como Cardiodictyon catenulum, uma pequena criatura marinha semelhante a um verme, que viveu há 525 milhões de anos.

O fóssil media cerca de 1,5 cm no total, impossibilitando a radiografia da amostra. Em vez disso, os pesquisadores usaram uma técnica chamada “filtragem cromática”, técnica que usa imagens digitalizadas de alta resolução para filtrar a luz em diferentes comprimentos de onda.

O resultado revelou um sistema nervoso segmentado no tronco do animal e um cérebro composto por 3 partes. Então, o time de cientistas comparou a morfologia da cabeça e do cérebro do fóssil com outros fósseis conhecidos, bem como com artrópodes vivos.

A partir dessa comparação, foi identificado um padrão cerebral fundamental que persistiu desde o período Cambriano, 525 milhões de anos atrás, até o presente. “Identificamos uma assinatura comum de todos os cérebros e como eles se formaram”, afirmou Frank Hirth, da King’s College London, em comunicado. “Percebemos que cada domínio do cérebro e suas características correspondentes são especificados pela mesma combinação de genes, independentemente da espécie que examinamos”.

De acordo com os pesquisadores, as descobertas oferecem uma mensagem de continuidade em um momento em que o planeta está mudando dramaticamente sob a influência das mudanças climáticas. "Numa época em que grandes eventos geológicos e climáticos estavam remodelando o planeta, animais marinhos simples, como Cardiodictyon, deram origem ao grupo de organismos mais diversificado do mundo”, disse Nicholas Strausfeld, da Universidade do Arizona, em comunicado.

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