• Redação Galileu
Atualizado em
Perameles gunnii na Reserva Poimena, no estado australiano da Tasmânia  (Foto: Wikimedia Commons )

Perameles gunnii na Reserva Poimena, no estado australiano da Tasmânia (Foto: Wikimedia Commons )

Após mais de três décadas, o bandicoot-listrado-oriental (Perameles gunnii), um tipo de marsupial, voltou a aparecer em seu habitat na Austrália. Antes considerado extinto, o animal passa a ser catalogado como “ameaçado de extinção”, segundo anunciado no último dia 14 de setembro por Lily D'Ambrosio, ministra australiana de Energia, Meio Ambiente e Mudança Climática.






“Esta mudança [de status da espécie] é o resultado direto do apoio do Governo de Victoria [estado do Sudeste da Austrália] e outros para uma equipe de recuperação do bandicoot-listrado-oriental formada pela primeira vez em 1988”, escreveu D’Ambrosio no Twitter.

De acordo com a ministra, os responsáveis pela conservação da espécie, que antes era comum nas planícies do estado de Victoria, conseguiram reestabelecê-la em seis áreas. Isso inclui quatro locais delimitados e distantes de predadores, além de duas regiões protegidas pela rede de zoológicos Zoos Victoria.

Exemplares de P. gunnii mantidos por programas de reprodução em cativeiro e reservas cercadas também foram tranferidos para habitats seguros nas regiões australianas de Phillip, Churchill e Ilha Francesa, que faz parte de Victoria.

Em 1989, quando o trabalho de resgate começou, restavam apenas 150 desses marsupiais na natureza. Agora são 1,5 mil criaturas da espécie, graças à iniciativa de recuperação, que teve um investimento estadual de 5,5 milhões de dólares australianos, além de doações de nível federal e recursos como os da organização Conservation Volunteers Australia.

Para ajudar a salvar o marsupial, parte da população criada em cativeiro foi ainda cruzada com grupos de parentes mais próximos da espécie. A ideia era aumentar a resistência dos animais a mudanças climáticas e reforçar a aptidão genética do grupo, praticamente dizimado pela destruição de seu habitat e por ser presa de gatos e raposas.






“Os voluntários da comunidade desempenharam um grande papel em muitos dos locais de reintrodução, ajudando a verificar as cercas, contar animais e remover ervas daninhas e pragas”, salienta D'Ambrosio, em comunicado. “É maravilhoso ver tantas agências e organizações trabalhando juntas para alcançar este resultado fantástico para o bandicoot-listrado-oriental”.

Esta matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN. Saiba mais em umsoplaneta.globo.com.