• Redação Galileu
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Prêmio Alexa de Acessibilidade quer premiar desenvolvedores PcD que criem novas skills para a Alexa (Foto: Creative commons)

Prêmio Alexa de Acessibilidade quer premiar desenvolvedores PcD que criem novas skills para a Alexa (Foto: Creative commons)

Se você é fã da Alexa, assistente de voz da Amazon, saiba que ela promete ficar ainda melhor. Isso graças a uma iniciativa da empresa de Jeff Bezos junto à AACD, à Fundação Dorina Nowill para Cegos e ao Instituto Jô Clemente. Nesta terça-feira (25), a coalizão anuncia o Prêmio Alexa de Acessibilidade, que busca dar visibilidade e apoiar pessoas com deficiências.

A ideia é que as próprias pessoas com deficiência (PcD) proponham novas "habilidades" à Alexa que as ajudem em suas rotinas. Os participantes devem criar comandos exclusivos para a assistente conversacional com inteligência artificial que promovam mais autonomia por meio de smart speakers da família Echo, ou o app da Alexa. As inscrições estarão abertas até as 23h59 do dia 17 de dezembro no site www.premioalexa.com.br.

“Não há ninguém melhor do que as próprias pessoas com deficiência para apontar suas ideias e necessidades para transformar essa realidade. Esse é o grande feito do Prêmio Alexa de Acessibilidade: ouvir usuários, considerar ideias e desafiar profissionais da área de tecnologia para que, juntos, possam transformar a sociedade”, relata Alexandre Munck, superintendente executivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos, em nota enviada à imprensa.


Os comandos, também chamados de skills, serão avaliados em usabilidade, qualidade do desenvolvimento, design, experiência do usuário e real impacto na vida de pessoas com deficiência. Os desenvolvedores terão suas criações avaliadas por um júri formado pela Amazon, as ONGs parceiras e pessoas PcD apoiadas por essas instituições.

A embaixadora escolhida do Prêmio Alexa de Acessibilidade é a ex-ginasta Laís Souza, que ficou tetraplégica após sofrer um aciente em janeiro de 2014, enquanto treinava para as Olimpíadas de Inverno de Sochi. “Hoje consegui várias vitórias para alguém que não mexe do pescoço para baixo: acender a luz sozinha, a TV, e até mesmo o ar-condicionado posso ligar. Estou aprendendo com Alexa. Ela me possibilita sonhar em realizar várias tarefas sem a dependência de outro ser humano”, conta Souza. “O Prêmio Alexa vai dar visibilidade para nós, pessoas com deficiência que necessitam da tecnologia — não só como uma soma, mas como transformação: liberdade e independência para viver melhor”.

Serão três vencedores: o primeiro lugar ganhará R$ 10 mil, um Echo Studio e escolherá uma ONG entre as pré-selecionadas para receber uma doação de R$ 50 mil; o segundo levará R$ 5 mil, um Echo Show 8 e também escolherá uma ONG para receber uma doação de R$ 35 mil; e o terceiro lugar será presenteado com um Echo Show 8, um Echo, um kit de casa inteligente e escolherá uma ONG que receberá uma doação de R$ 15 mil.

         
“Essa iniciativa mostra como a tecnologia pode ajudar pessoas com deficiência a serem mais independentes. Esperamos que este projeto, combinado com o trabalho que realizamos diariamente, tenha um impacto positivo em nossos pacientes”, diz Edson Brito, superintendente de Marketing e Relações Institucionais da AACD.