• Redação Galileu
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Torre de energia elétrica; mais de 990 mil pessoas não possuem serviço público de energia elétrica na região da Amazônia Legal (Foto: Pixabay/Barbara808/Creative Commons)

Torre de energia elétrica; mais de 990 mil pessoas não possuem serviço público de energia elétrica na região da Amazônia Legal (Foto: Pixabay/Barbara808/Creative Commons)

Levantamento realizado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) aponta que 990.103 mil brasileiros vivem sem acesso ao serviço público de energia elétrica na Amazônia Legal – área que engloba nove estados que possuem vegetação amazônica. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão. 

A análise focou em territórios habitados por indígenas, extrativistas, quilombolas e assentados. Os resultados mostram que 19% da população de terras indígenas não têm eletricidade. Para as pessoas que moram em Unidades de Conservação, esse número chega a 22% e, para os assentados rurais, é de 10%. 

O Pará é o estado com mais pessoas sem acesso à energia elétrica: são 409.593 mil, o que representa 4,8% da população estadual. Já o Acre apresenta o maior percentual da população sem eletricidade, 10%, o que significa 87 mil habitantes. 

Mapa do IEMA mostra as áreas (em cinza escuro) onde estão concentrados os brasileiros que vivem sem eletricidade (Foto: Instituto De Energia e Meio Ambiente)

Mapa do IEMA mostra as áreas (em cinza escuro) onde estão concentrados os brasileiros que vivem sem eletricidade na Amazônia (Foto: Instituto De Energia e Meio Ambiente)

O raking de cidades com a maior quantidade de moradores sem energia elétrica também é liderado pelo Pará. No município de Breves, são mais de 77 mil pessoas. Em Portel, são quase 47 mil moradores sem eletricidade – em 2016, o IBGE indicou que a população local era de 59 mil pessoas. 

De acordo com o IEMA, para chegar ao resultado de mais de 990 mil brasileiros sem eletricidade, a pesquisa foi dividida em duas fases. Uma etapa analisou o Sistema Interligado Nacional (SIN), rede de energia que conecta usinas aos consumidores de todo o Brasil. Outra parte foi avaliar sistemas isolados de energia, que são desconectados do SIN, e se concentram na região Norte – neste caso, foram considerados dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que indicavamm a localização e a quantidade de pessoas atendidas por cada sistema isolado.

A partir do estudo, o IEMA espera que seja possível criar políticas públicas para aumentar o acesso à energia elétrica em cada território. "É interessante notar que podem existir pessoas ou comunidades que não querem ter acesso à energia elétrica e sua vontade deve ser respeitada", aponta a instituição. "Entretanto, vale ressaltar o seguinte: aqueles que gostariam de ter eletricidade, mas estão sem acesso ao serviço público de energia elétrica, passam por dificuldades relevantes diariamente."

Para saber mais informações e a metodologia do levantamento, acesse o site do IEMA