Sociedade
Empresa italiana projeta as primeiras cidades inteligentes do Brasil
O Grupo Planet planeja construir 10 'smart cities' no país. As duas primeiras estão localizadas no Nordeste
2 min de leitura![Smart City Laguna, no Ceará (Foto: https://smartcitylaguna.com.br/Divulgação) Smart City Laguna, no Ceará (Foto: https://smartcitylaguna.com.br/Divulgação)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/nzR7uHE5LfNt2jXXCCTmKrzGw1c=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/09/29/smartcitylaguna_nov06_capa.png)
Smart City Laguna, no Ceará (Foto: https://smartcitylaguna.com.br/Divulgação)
Quando se fala em cidades inteligentes, vêm à cabeça prédios modernos, carros que não poluem e um projeto urbanístico funcional e futurístico. Isso até é verdade, mas as smart cities que estão despontando mundo afora são bem mais pé no chão. E nós já temos exemplos brasileiros para contar essa história.
Em agosto, os primeiros moradores da Smart City Laguna — localizada no município de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Fortaleza — chegaram à “cidade” projetada e construída pela empresa italiana Planet Smart City. Os lotes de terrenos, com 150 m², custam em torno de R$ 40 mil. A ideia da empresa é contribuir para diminuir a desigualdade no acesso a moradia. “O Brasil é um dos cinco países do mundo com maior déficit habitacional, ao lado de Índia, China, Nigéria e Rússia”, comenta Susanna Marchionni, CEO do Grupo Planet no Brasil.
Mas como funciona uma smart city? Segundo Marchionni, uma das primeiras medidas é construir o chamado hub de inovação, uma obra de cerca de 1 mil m² que abriga biblioteca, cinema e salas de aula onde são oferecidos cursos de inglês, tecnologia e empreendedorismo, por exemplo. E tudo de graça — inclusive para quem não mora no complexo. “Mesmo que uma pessoa não tenha condições financeiras de viver lá, ela pode ter acesso aos serviços”, garante a executiva italiana.
Os moradores também contam com um aplicativo que funciona como um painel de controle do bairro. Por meio dele é possível ter acesso a filmagens em tempo real das áreas públicas e trocar serviços do tipo “ofereço aulas de idioma para quem consertar meu carro”.
Outro destaque das smart cities do grupo é a sustentabilidade. Além da utilização de lâmpadas de LED, que gastam até 70% menos energia, a drenagem do solo e as redes de água e esgoto são pensadas para agredirem o mínimo possível o meio ambiente. Já as áreas de comércio e empresas são projetadas de modo que os moradores não precisem se deslocar por muito tempo — o que diminui a poluição.
A Smart City Laguna foi planejada para abrigar um total de 25 mil habitantes. Em Natal, uma comunidade com o mesmo conceito — porém, para 16 mil pessoas — já está em construção. Até o fim deste ano, outros dois projetos também serão iniciados.