• Redação Galileu
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 RMS Titanic  afundou em abril de 1912 (Foto: Atlantic Productions)

RMS Titanic afundou em abril de 1912 (Foto: Atlantic Productions)

Durante 14 anos, os destroços do navio Titanic permaneceram intocados a cerca de 3,8 mil metros de profundidade no Oceano Atlântico, a 645 quilômetros da costa da província canadense de Newfoundland. Agora, o que restou da embarcação foi explorado em uma nova expedição submarina que revelou fotos extraordinárias.

A  missão para desvendar os mistérios do naufrágio aconteceu em cinco mergulhos diferentes no começo deste mês de agosto. As fotos foram tiradas pelo explorador Victor Vescovo, que construiu, durante três anos, o veículo submersível que realizou os mergulhos.

As imagens mostram como o navio foi deteriorado por bactérias: a natureza parece ter tomado conta do local. “O aspecto mais fascinante foi ver como o Titanic foi consumido pelo oceano conforme voltou à sua forma elemental, enquanto serve de refúgio a um número diverso de animais”, afirmou em comunicado, Patrick Lahey, presidente da Triton Submarines, empresa fabricante de barcos, que conduziu a expedição.

O navio bateu em um iceberg no dia 14 de abril, e afundou nas primeiras horas do dia 15 de abril de 1912 (Foto: Atlantic Productions)

O navio bateu em um iceberg no dia 14 de abril, e afundou nas primeiras horas do dia 15 de abril de 1912 (Foto: Atlantic Productions)

Em entrevista ao canal britânico BBC, a pesquisadora especializada em ambiente marinho, Clare Fitzsimmons, da Universidade Newcastle, do Reino Unido, contou que há atualmente micróbios se alimentando do aço do RMS Titanic, cujas partes têm virado uma espécie de pó — substância metálica que é hoje levada pelas marés.

Segundo o historiador Parks Stephenson, a área do navio na qual a deterioração está mais visível é na região onde ficava o alojamento do capitão. “A banheira do capitão é a imagem favorita entre os entusiastas do Titanic”, explicou Stephenson. “Mas ela se foi. Um buraco no deck nesse lado está entrando em colapso e levando consigo os salões nobres”.

A estimativa é de que, devido à ação microbiana, o RMS Titanic desapareça até 2030. Uma técnica de fotometria feita durante a expedição de 2019 pode ajudar a desenvolver modelos em 3D da embarcação em realidade aumentada e virtual. Isso pode ser uma forma de manter viva a memória dos mais de 1,5 mil passageiros mortos do naufrágio, que ocorreu em abril de 1912, durante uma viagem que partiu de Southampton, na Inglaterra, com destino à Nova York.

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