• Carolina Pinheiro
Atualizado em
 (Foto: André Dib)

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PESCA BOA > Grupo de pescadores eviscera os peixes capturados. A pesca controlada promoveu o aumento de 427% da população de pirarucus em lagos de várzea. Indicadores mostram que, em 2014, 1.351 pescadores foram beneficiados. No mesmo ano, a cota capturada — 11.910 peixes, o equivalente a 484 toneladas — gerou um faturamento de R$ 2,6 milhões para os manejadores de pirarucu.

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GIGANTE DAS ÁGUAS > O período do manejo varia de acordo com o índice pluviométrico na região. São meses dedicados exclusivamente à captura do pirarucu. Segundo Ana Cláudia Torres, 34 anos, coordenadora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), esta é a melhor alternativa para o uso sustentável dos recursos. “No fim do século passado, o declínio drástico da espécie resultou na proibição da pesca dentro dos limites das unidades de conservação”, ela afirma.

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TRABALHO EM EQUIPE > A prática passa de geração a geração e exige técnica, além da utilização de equipamentos como redes e arpões. O IDSM assessora dez grupos de pescadores nas reservas de Mamirauá e Amanã, onde cerca de 1,5 mil homens e mulheres participam do manejo. Raimundo de Oliveira Queiroz, presidente da Colônia de Pescadores de Alvarães, afirma que o projeto é a principal fonte de renda de centenas de famílias. “Nos limites da nossa área de cobertura, há 140 pescadores envolvidos. Estamos correndo atrás de outras para poder inserir mais gente”, diz ele.

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ECONOMIA SUSTENTÁVEL > A pesca no Amazonas tem grande importância econômica e cultural. “A pesquisa mostrou qual é a melhor forma de trabalhar com o recurso na região. O manejo é responsável por boa parte da renda dos participantes, isso sem falar na recuperação dos estoques”, esclarece Ana Cláudia. A expectativa é que o projeto consiga alcançar um número maior de pescadores.

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SOB MEDIDA > Apenas 30% dos adultos contados podem ser abatidos. O restante permanece nos rios para reprodução. Em 2014, o total de peixes capturados atingiu 98% do número máximo permitido por lei. “Diante das condicionantes ambientais, o planejamento dos grupos foi determinante para a captura de quase toda a cota autorizada, superando as expectativas”, comenta Ana Cláudia. A pesca do pirarucu acontece até 30 de novembro, e a quantidade vendida varia de 200 a 5 mil peixes.