• Marilia Marasciulo
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 (Foto: Divulgação)

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Hans Christian Andersen é considerado por muitos o“pai” dos contos de fadas. O escritor e poeta dinamarquês nasceu em 1805 e viveu até o dia 4 de agosto de 1875, deixando para trás uma coleção de contos que já foi traduzida para mais de 125 idiomas e inspirou peças, óperas e filmes.

Desde 1956, a organização Board on Books for Young People (IBBY) concede o Hans Christian Andersen Award, um prêmio literário em homenagem ao autor, considerado o "Prêmio Nobel da literatura infantojuvenil". Por aqui, para celebrar o legado de Andersen, separamos uma lista com as versões originais de histórias (dele e de outros contistas célebres) que ficaram mais conhecidas por suas adaptações.

A Pequena Sereia
O conto original de Andersen é bem diferente daquele popularizado pela Disney no filme de 1989. Assim como na versão do estúdio, a pequena sereia (Ariel, na animação) se apaixona por um príncipe humano quando vê o mundo fora do mar e fica desesperada para se tornar humana. Mas, além de beber a poção que a bruxa do mar (Úrsula), ela tem sua língua cortada. O acordo era que se o príncipe não se casasse com ela, ela teria que matá-lo para se transformar em sereia de novo e evitar que o mar se transformasse em uma espuma. Spoiler: o príncipe não se casa com ela. Spoiler dois: ela escolhe se matar em vez de matá-lo. Um final nada feliz.

Em Copenhague, na Dinamarca, a estátua da Pequena Sereia, que retrata a personagem do famoso conto de Hans Christian Andersen, contempla as águas do porto da cidade (Foto: Reprodução)

Em Copenhague, na Dinamarca, a estátua da Pequena Sereia, que retrata a personagem do famoso conto de Hans Christian Andersen, contempla as águas do porto da cidade (Foto: Reprodução)

A Rainha do Gelo
Um dos contos mais longos de Andersen, é uma história clássica de “bem versus mal”. No original, trata da amizade entre o os irmãos Kai e Gerda. Quando Kai é cortado por um espelho amaldiçoado pela Rainha da Neve, ele se esquece da irmã e é sequestrado pela rainha. Gerda parte em uma missão para encontrar o irmão, retirar as farpas do espelho do corpo de Kai, combater a bruxa e voltar para a casa. A história inspirou a animação Frozen, também da Disney.

Cinderela
A história dos Irmãos Grimm, sempre eternizada pela Disney, é meio macabra. No original, as meia-irmãs de Cinderela cortam os pés (uma perde os dedinhos, a outra um pedaço do calcanhar) ao tentar colocá-los no sapatinho de cristal. Mas a violência e o sangue não acabam aí. Aqueles passarinhos fofos que no filme ajudam Cinderela a fazer um vestido? No conto, eles arrancam os olhos das meia-irmãs. E antes que você pergunte: sim, isso era para ser uma história para crianças.

Versão de live action do clássico Cinderela chega em abril na Netflix (Foto: Divulgação)

Versão de live action do clássico Cinderela estreou em 2015 nos cinemas (Foto: Divulgação)

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A Bela Adormecida
A versão criada pelo italiano Giambattista Basile, que se chamava Sol, Lua e Talia, é a mais assustadora de todas. Nela, o rei que encontra a bela adormecida abusa sexualmente dela, que engravida e dá luz a gêmeos. Eles então sugam uma lasquinha de agulha amaldiçoada, na qual ela picou o dedo sem querer, que a mantinha adormecida. Quando acorda, o rei volta ao castelo e mata a esposa para ficar com a bela adormecida. O conto foi posteriormente adaptado pelos Irmãos Grimm, que por sua vez foi transformado em um filme da Disney em 1959.

O Príncipe Sapo
Nada de fofura como em A Princesa e o Sapo: nas versões antigas, a princesa mata o sapo, decapitando-o ou atirando-o insistentemente contra uma parede.

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