• Redação Galileu
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Pesquisadores esperam, no futuro, treinar os cães para alertar os donos antes de uma convulsão acontecer  (Foto: Henric Silversnö/ Flickr/ CC)

Pesquisadores esperam, no futuro, treinar os cães para alertar os donos antes de uma convulsão acontecer (Foto: Henric Silversnö/ Flickr/ CC)

Que os cães são bichinhos muito perceptivos — e fofos — isso não é novidade pra ninguém. Porém, um novo estudo publicado no Scientific Reports afirma que esses animais também podem, por meio do faro, sentir e prever os ataques epilépticos de seus donos. 

Em entrevista ao The Guardian, Amélie Catala, da Universidade de Rennes, na França, e a principal autora do estudo, explica que “no momento, há casos em que algumas pessoas relatam que os cães as alertam antes de uma convulsão, mas não temos nenhuma forte evidência na literatura científica".

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No futuro, os pesquisadores querem treinar os cães para avisar e alertar seus donos antes que um episódio epiléptico aconteça — e, possivelmente, dar mais tempo para que as pessoas que sofrem da doença se preparem.

A pesquisadora explica que ainda não está claro se os cães dependem de mudanças sutis de comportamento ou cheiro para prever os ataques epilépticos. No estudo, Catala e seus colegas testaram se os cães poderiam distinguir o odor respiratório e corporal de cinco pacientes com diferentes tipos de epilepsia. Antes do teste, os animais foram treinados para distinguir as amostras. 

Pesquisadores acreditam que o faro é a principal ferramenta utilizada pelos cães para prever ataques epilépticos (Foto: Wikimedia Commons/ CC)

Pesquisadores acreditam que o faro é a principal ferramenta utilizada pelos cães para prever ataques epilépticos (Foto: Wikimedia Commons/ CC)

No estudo, a capacidade dos cães em distinguir as amostras variou entre 67% e 100%. Uma porta-voz da organização britânica Epilepsy Action conta que algumas pessoas já confiavam em seus animais de estimação para prever convulsões antes do estudo. "Ainda não sabemos se [os cães] fazem isso pelo cheiro ou por outro sentido", disse ela.

Rita Howson, diretora da Support Dogs, uma instituição de caridade que treina os cachorros para ajudar pessoas com autismo e epilepsia no Reino Unido, explica que esses animais são muito perceptivos e observadores com os humanos, o que pode explicar os resultados do novo estudo.

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