• Redação Galileu
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Crânio de Luzia (Foto: Wikimedia Commons)

Crânio de Luzia (Foto: Wikimedia Commons)

Um mês e meio após as chamas do incêndio destruírem 90% do acervo do Museu Nacional,  uma equipe de pesquisa encontrou o crânio e o fêmur de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, entre os escombros da instituição.

"Nós conseguimos recuperar o crânio de Luzia", anunciou Cláudia Rodrigues, membro da equipe de escavamento e professora do museu, no início da tarde de hoje (19). "É claro que, em virtude do acontecimento, [o crânio] sofreu algumas alterações, tem alguns danos. Mas nós estamos comemorando."

De acordo com a pesquisadora, o crânio de Luzia está fragmentado, tendo sido encontrados 80% de seus restos. "E a gente vai trabalhar na reconstituição", afirma ela, considerando que o crânio foi achado em condições melhores do que as esperadas. Estima-se que Luzia tenha vivido há mais de 11 mil anos na região onde hoje fica o sítio arqueológico mineiro da Lapa Vermelha.

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Segundo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, outros itens foram encontrados entre os escombros, mas não foram completamente identificados — por isso, não foram divulgados ainda.

No momento, os fragmentos estão passando por um processo de limpeza e estabilização. Após esta fase, eles serão guardados em um local não revelado (por motivos de segurança), onde os cientistas poderão fazer as devidas análises do material e montar os fósseis novamente.

Nesta quita-feira, o jornal O Globo também divulgou que funcionários do museu encontraram restos de um dinossauro, que também precisam passar por uma análise detalhada para conluir a qual espécie pertence. As suspeitas, por enquanto, são as de que os fragmentos façam parte do gigante herbívoro Maxakalisaurus topai, principal fóssil da antiga sessão de dinossauros do museu.

(Com informações de O Globo e Folha de São Paulo.)

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