• Redação Galileu
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 (Foto: Creative Commons / RG&B)

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O uso de inteligência artificial na medicina já é uma realidade. Os robôs conseguem detectar câncer de pulmão e doenças de coração de forma mais precisa que os médicos humanos. Analisando fotos da retina de um paciente, conseguem determinar com precisão as chances de desenvolver as três enfermidades mais comuns no olho.

Esse, porém, é só um começo. Pelo menos se depender do Google. Em um estudo recente, publicado na revista Nature, pesquisadores alimentaram um modelo de aprendizado profundo de máquina com diversos dados de pacientes de dois hospitais norte-americanos e deixaram os algoritmos fazer sua parte. O robô conseguiu prever o tempo que o paciente iria ocupar o leito e o momento da alta, além da hora que ele iria morrer.

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No estudo, a rede neural uma imensas quantidades de dados, como os sinais vitais e histórico médico, o que permite que o modelo de aprendizado profundo preencha a linha com eventos futuros, como a hora da morte. Tudo em poucos segundos.

Com essas informações, hospitais podem priorizar os cuidados aos pacientes de forma mais eficiente, ajustar o plano de tratamento, e detectar situações de emergência antes mesmo delas acontecerem. Já os profissionais da saúde não perderiam tanto tempo com papelada e burocracia.

O sistema, porém, é somente o início de um plano muito maior do Google. Apesar de sistemas de saúde já armazenarem grandes quantidades de dados dos pacientes, esses bancos de informações estão espalhados entre hospitais e agências do governo. 

A ideia é que todos esses dados sejam reunidos em um grande sistema de dados com informações sobre a saúde de milhões de paciente. Se por um lado isso tornaria bem mais fácil gerenciar a saúde da população, entregar todos esses dados para uma das maiores corporações privadas do mundo não é uma ideia lá muito atraente.

A preocupação parte inclusive da Associação Americana de Medicina. Em um comunicado, admite os inúmeros benefícios que a inteligência artificial poderia trazer para o tratamento clínico de pacientes, mas desde que siga diversos critérios, como ser transparente e livre de qualquer viés humano que interfira no julgamento.

Por isso, demandam que regulações governamentais garantam que o uso das novas tecnologias tragam benefícios para o sistema de saúde como um todo, não somente para as grandes empresas, como o Google.

(Com informações do The Futurism)

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