• Redação Galileu
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Ruínas de Pompeia com o vulcão Vesúvio ao fundo (Foto: Wikimedia/ElfQrin)

Ruínas de Pompeia com o vulcão Vesúvio ao fundo (Foto: Wikimedia/ElfQrin)

Em 79 d.C., o vulcão Vesúvio entrou em erupção e acabou com Pompeia e seus habitantes. A cidade italiana foi encontrada mais de mil anos depois, mas seus mistérios permanecem. Uma pesquisa publicada no periódico Toxicology Letters sugere que existe a possibilidade de, antes da lava, os moradores locais estarem adoecidos por conta de água contaminada. 

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Versalhes Saint Quentin en Yvelines, na França, que analisaram um fragmento dos canos de Pompeia para detectar sinais de elementos metálicos e não metálicos. Eles dissolveram a amostra em ácido nítrico concentrado e a aqueceram em altas temperaturas para ionizar os elementos, de forma a identificá-los. 

As análises mostraram que havia uma concentração de antimônio na amostra. Trata-se de um semi-metal que, em altos níveis como os encontrados na água, pode causar uma séria intoxicação. Segundo o Live Science, a contaminação pela substância pode levar as vítimas a terem diarreia, vômito, desidratação e problemas no rim. 

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Os cientistas apontam que a substância geralmente é encontrada perto de vulcões, e que a proximidade de Pompeia ao Vesúvio pode significar que a concentração de antimônio na água da cidade era ainda maior na época que ela era ativa. No momento, eles planejam conduzir novos estudos para entender o quão comum esse problema era em cidades do Império Romano.

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