• Isabela Moreira*
Atualizado em
O objetivo da missão é causar um impacto entre uma nave da ESA com a Didymoon, lua do asteroide Didymos (Foto: Reprodução/ESA)

O objetivo da missão é causar um impacto entre uma nave da ESA com a Didymoon, lua do asteroide Didymos (Foto: Reprodução/ESA)

Vira e mexe surgem algumas teorias malucas afirmando que o fim do mundo está próximo e que isso acontecerá por meio da queda de um asteroide na Terra. Voltemos algumas casas, terráqueos: se algum dia houver a possibilidade desse episódio ocorrer, a NASA e a Agência Especial Europeia (ESA) estarão preparadas para reverter a situação.

No momento, as agências espaciais americana e europeia trabalham em conjunto para simular a possibilidade de desviar um asteroide. A ideia da missão AIDA (Asteroid Impact & Deflection Assessment) é alterar a rota do asteroide Didymos causando uma colisão de sua lua (apelidada carinhosamente de "Didymoon" pelos cientistas) com uma espaçonave.

"Para proteger a Terra de impactos perigosos, precisamos entender melhor os asteroides - do que eles são feitos, suas estruturas, origens e como respondem a colisões", diz Patrick Mitchel, da equipe da ESA, ao site Phys.

A AIDA começará em 2020, com o lançamento de uma nave de monitoramento da ESA. Quando esta chegar perto do Didymos, em maio de 2022, seu equipamento mapeará a ele e à sua lua, dando aos cientistas a oportunidade de estudar o sistema binário de um asteroide pela primeira vez.  

Após coletar esses dados, a nave se moverá de modo a ficar a uma distância segura da DART, nave da NASA que colidirá com a Didymoon. Com isso, o equipamento da ESA analisará todo o material do impacto e continuará monitorando a missão com objetivo de coletar dados da possível mudança de órbita do Didymos. 

O asteroide tem 750 metros de diâmetro, enquanto a sua lua tem somente 160 metros da mesma medida. O satélite orbita o Didymos a cada 12 horas a uma altitude de um quilômetro. 

Via Wired UK

*Com supervisão de André Jorge de Oliveira