A ciência explica acrobacias dos louva-a-deus

Os louva-a-deus são fascinantes. Os movimentos desse inseto serviram de inspiração pra muitas artes marciais orientais. Não é pra menos: a ação de captura deles é mortal, além disso não é raro, depois do acasalamento, a fêmea devorar o macho. Uma pesquisa publicada na Current Biology mostrou as razões científicas da agilidade incrível dos louva-a-deus.

Quando jovens, os louva-a-deus ainda não têm asas e o único recurso para fugir de predadores é o salto. Mas, para isso, eles são realizados em uma velocidade altíssima. Para se ter noção da agilidade, esse gif foi gravado com 1.000 frames por segundo (vídeos comuns utilizam 25 ou 30 frames por segundo).

Tudo começa no processo de medição de distância. Isso mesmo, os louva-a-deus calculam com movimentos da cabeça se conseguem alcançar seu objetivo. Se for curto, eles saltam. Mas se for longe demais, eles desistem ou arrumam uma posição melhor para chegar ao alvo.

Se a distância é aceitável, o louva-a-deus encolhe seu corpo, se enrola em volta do abdômen e usa as patas de trás como verdadeiras molas propulsoras. Tudo isso em frações de segundos. Uma vez no ar, eles giram precisamente três partes do corpo - as patas dianteiras, as patas traseiras e o abdômen - em direções diferentes. Tudo tem que ser muito calculado: o tempo, os movimentos e a sincronização.