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Como fixar memórias em seu cérebro? (Foto: Flickr/ Creative Commons)

 (Foto: Flickr/ Creative Commons)

Pesquisadores descobriram que, diferente do que se pensava, a imaginação não está localizada no mesmo lugar do que a memória no cérebro. Para chegar à conclusão, os neurocientistas da Brigham Young University, de Utah, usaram ressonâncias magnéticas e observaram a atividade cerebral de um grupo de pessoas.

Publicado no jornal Cognitive Neuroscience, o estudo liderado por Stefania Ashby testou as duas emoções em várias pessoas. “Andava planejando muito sobre o meu futuro, e sempre acabava me imaginando nele. Então parei para pensar sobre como a memória e a imaginação trabalham dentro do cérebro”, diz Stefania. “Sempre pensei que a imaginação fosse uma combinação de memórias antigas”.

Imaginava-se que os dois processos trabalhavam as mesmas áreas cognitivas do cérebro, mas os experimentos da universidade de Utah refutaram essa ideia. O teste realizado se deu dessa forma: antes de entrarem na ressonância magnética, participantes foram incentivados a resgatar memórias, por meio de fotos antigas, e também a criar cenários fantasiosos, por meio de um questionário.

Enquanto as pessoas estavam na máquina de ressonância, o grupo de cientistas buscou ativar os respectivos processos mostrando as fotos e descrevendo os cenários inexistentes. Com isso, puderam perceber a "movimentação cerebral" nos voluntários.

O resultado mostrou que existe uma área distinta responsável por cada atividade. “Ficou bastante claro que as diferenças entre a imaginação e a memória existem no cérebro. Pudemos ver como funcionam as diferentes regiões do hipocampo”, afirma Stefania.

A líder da pesquisa almeja utilizar o estudo para o avanço dos tratamentos de pacientes com doenças psicóticas, como a esquizofrenia.