• Redação Galileu
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Equipamento para medir pressão arterial (Foto: Marcelo Leal/Unsplash)

Estudo de Osaka conclui que pressão alta e longevidade ameaçam longevidade da atual geração (Foto: Marcelo Leal/Unsplash)


Osaka, no Japão, é uma cidade conhecida pela longevidade de seus habitantes. Misao Okawa, que morreu em 2015 aos 117 anos, nasceu e morou na região durante toda sua vida. É de lá que vem também um novo estudo sobre como a genética pode impactar na nossa expectativa de vida. 

Pesquisadores da Universidade de Osaka perceberam que indivíduos com susceptibilidade genética pressão alta ou obesidade, por exemplo, vivem menos. "O objetivo do nosso estudo foi entender como podemos utilizar informações genéticas para descobrir fatores de risco que podem impactar em resultados de saúde que podemos influenciar diretamente", diz Yukinori Okada, um dos autores do artigo, em nota.

Os cientistas analisaram informações genéticas e clínicas de 700 mil pessoas do Reino Unido, da Finlândia e do Japão. A partir desses dados, calcularam a pontuação de risco poligênico, que é uma estimativa da suscetibilidade genética de uma pessoa a uma característica biológica, como a propensão a doenças. 

Os pesquisadores concluíram que pressão alta e obesidade são os dois fatores de risco que mais impactam na vida útil da geração atual. Enquanto a pressão alta diminuiu a vida útil em todas as populações investigadas, a obesidade mostrou ter mais relevância em indivíduos com ascendência europeia. 

"Esses são resultados impressionantes que mostram como a genética pode ser usada para prever riscos à saúde", diz Okada. "Nossas descobertas podem oferecer uma abordagem para utilizar informações genéticas a fim de buscar fatores de risco e apontar mudanças direcionadas no estilo de vida e tratamento médico", complementa.