• Redação Galileu
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Pangolim, espécie de tamanduá, pode ter sido origem da epidemia de coronavírus (Foto: Creative Commons/Flickr)

Pangolim, espécie de tamanduá, pode ter sido origem da epidemia de coronavírus (Foto: Creative Commons/Flickr)

Em um novo anúncio, cientistas chineses afirmaram que o coronavírus Wuhan pode ter surgido em uma espécie de tamanduá escamoso conhecida como pangolim. Anteriormente especialistas especularam que a doença, que já matou mais de 600 pessoas e infectou outras 32 mil em todo o mundo, surgiu em cobras e morcegos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os coronavírus são uma grande família de vírus: alguns causam doenças como o resfriado comum, e outros provocam quadros mais graves, como MERS e SARS. Alguns desses agentes infecciosos transmitem facilmente de pessoa para pessoa, enquanto outros não.

Como informou a agência de notícias Reuters, a sequência do genoma da cepa de um coronavírus que afeta pangolins se mostrou 99% idêntica à do microrganismo que afeta seres humanos. "Essa última descoberta será de grande importância para a prevenção e controle da origem [do vírus]", afirmou a Universidade Agrícola do Sul da China, que liderou a pesquisa, em comunicado.

Mamíferos como o pangolim são encontrados em mercados chineses, já que o animal é tradicionalmente consumido por lá. Sua procedência, entretanto, nem sempre é segura: de acordo com a World Wildlife Fund (WWF), a espécie é um dos mamíferos mais traficados na Ásia e na África, com um número estimado de 116.990 a 233.980 mortos entre 2011 e 2013.