• Jéssica Xavier
Atualizado em
Autismo (Foto: Pixabay)

(Foto: Pixabay)

Abril é o mês “azul”, cor escolhida para dar visibilidade ao autismo, transtorno com diferentes tipos e níveis que acomete ao menos 70 milhões de pessoas no mundo todo, de acordo com as Nações Unidas. O segundo dia do mês foi a data escolhida para o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e informar à população sobre o tema.

O diagnóstico do distúrbio, que cientificamente é chamado Transtorno do Espectro Autista (TEA), costuma ocorrer na infância, quando a criança apresenta as primeiras manifestações em seu desenvolvimento. Segundo dados do  Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, uma a cada 59 crianças tem algum tipo de TEA. Mas o transtorno ainda confunde pais e desperta estigmas e preconceitos. Veja o que você precisa saber sobre o autismo:

O que é?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição marcada principalmente pela dificuldade de se comunicar e interagir socialmente. Não há somente um tipo de autismo, mas várias nuances, e cada indivíduo apresenta desafios específicos.

O que causa?
Não se sabe ao certo. Pode ter influência genética, mas a interação dos genes com o ambiente também tem sua participação no desenvolvimento do TEA, como no caso de infecções no pré-natal. Entre fatores de risco para o autismo estão ter parentes com o transtorno, pais mais velhos, uso de certos remédios durante a gravidez, ter nascido abaixo do peso e algumas condições genéticas, como "Síndrome do X Frágil". Ao contrário do que falam grupos antivacina, não há relação entre a vacinação e o desenvolvimento do transtorno.

Quem afeta?
Embora possa acometer pessoas de qualquer gênero, etnia ou classe social, os homens são diagnosticados com mais frequência - há quatro meninos com o espectro do autismo para cada menina, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

Quais os sinais?
O autismo geralmente tem como sinais alterações na socialização, linguagem, comportamento e fala. Entre eles, estão a dificuldade em se comunicar, padrões de comportamento repetitivos e restritivos, isolamento, dificuldade em falar dos próprios sentimentos ou entender os dos outros, falta de interesse nas pessoas, dificuldade em se adaptar a mudanças na rotina, evitar contato visual, reações incomuns a cheiros e outras percepções sensoriais e não responder ao ser chamado. Indivíduos com TEA também podem ter bastante atenção aos detalhes e se desenvolver excepcionalmente bem em áreas específicas que lhes interessam.

Há tratamento?
O autismo não é uma doença, por isso não há um medicamento específico para tratar o transtorno. Alguns remédios podem ser prescritos para amenizar insônia e inquietação, comum entre pessoas autistas. O diagnóstico precoce ajuda sua adaptação ao cotidiano e, em geral, é indicado que crianças façam terapia ocupacional e tenham acompanhamento psicólogo e fonoaudiólogo para fortalecer o seu desenvolvimento.