• Edson Caldas
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Os camundongos utilizados tiveram seus timos regenerados (Foto: Understanding Animal Research/Flickr/Creative Commons)

Os camundongos utilizados tiveram seus timos regenerados (Foto: Understanding Animal Research/Flickr/Creative Commons)

A ciência pode até retardar o envelhecimento de órgãos, mas não tem jeito: no fim das contas, a deterioração é inevitável. No entanto, pesquisadores da Universidade de Edinburgh, no Reino Unido, conseguiram regenerar um órgão em camundongos ajustando apenas os níveis de uma única proteína.

O grupo dedicou seus esforços ao timo, um órgão linfático responsável pela incubação dos glóbulos brancos. Embora seja crucial para o sistema imunológico, é um dos primeiros órgãos a se degradar em humanos saudáveis. Assim, pessoas com idade avançada se tornam cada vez mais vulneráveis a doenças.

Os camundongos idosos utilizados no estudo tiveram seus timos regenerados, voltando a funcionar. Os pesquisadores aumentaram os níveis de uma proteína associada à degeneração do órgão, estimulando células a reconstruí-lo.

A equipe terá de estudar com mais profundidade os efeitos do processo, antes de testes em humanos

Até então, cientistas já haviam conseguido aumentar o tamanho do timo, mas a estrutura continuava se manifestando como um órgão velho. A Universidade de Edinburgh informou que ainda não está claro se os ratos tiveram uma melhoria concreta em seus sistemas imunológicos.

Clare Blackburn, coautora do estudo, diz que a equipe terá de estudar com mais profundidade os efeitos do processo, antes de realizar testes em humanos. A descoberta ainda amplia o conhecimento sobre como funciona o envelhecimento de outros órgãos.