Psicologia
Adotar um cachorro pode não ser tão diferente de eleger alguém pra namorar
Um estudo feito por psicólogos dos Estados Unidos mostrou que não escolhemos parceiros amorosos (ou cães) com base nas preferências que julgamos ter
2 min de leitura![Adotar é tudo de bom. (Foto: Pixabay) Adotar é tudo de bom. (Foto: Pixabay)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/nmxEX57xtxxjTyZNP__auSlezS8=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/06/26/bulldog-1047518_960_720.jpg)
Adotar é tudo de bom. (Foto: Pixabay)
Um novo estudo, feito por psicólogos da Universidade de Indiana, dos Estados Unidos, analisou processos de adoção de cachorros em abrigos do país para fazer a adoção mais eficiente e entender como os adotantes escolhiam os cachorrinhos. Eles perceberam que adotar um companheiro canino tem uma dinâmica similar àquela que temos na hora de escolher alguém para namorar: nem sempre escolhemos companheiros com base nas preferências que julgamos ter.
“O que sabemos neste estudo é o que as pessoas dizem querer em um cachorro nem sempre está na linha com o que elas efetivamente escolhem”, contou a líder da pesquisa, Samantha Cohen.
Os pesquisadores separaram os cães por 13 critérios: idade, sexo, cor, tamanho, se eram ou não vira-latas, se haviam sido treinados, nervosismo, senso de proteção, inteligência, excitação, disposição para brincar, amigabilidade e nível energético. Depois, foram pesquisadas as preferências de 1.229 pessoas que visitaram o abrigo de animais, dos quais 145 fizeram uma adoção.
![Pesquisadora Samantha Cohen conduziu o estudo enquanto foi voluntária em um abrigo de animais (Foto: Cadence Baugh Chang, Indiana University) Pesquisadora Samantha Cohen conduziu o estudo enquanto foi voluntária em um abrigo de animais (Foto: Cadence Baugh Chang, Indiana University)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/iCTZhhoHqmStDYklF7RSvjALmkE=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/06/26/znxp3ayuje_w768.jpg)
Pesquisadora Samantha Cohen conduziu o estudo enquanto foi voluntária em um abrigo de animais (Foto: Cadence Baugh Chang, Indiana University)
Leia também:
+Estudo mostra que você tem um "tipo" na hora de encontrar um amor
+Olhar "pidão" dos cachorros é resultado da evolução, diz estudo
+Antes de dormir, seu cachorro também fica "preocupado" com os problemas do dia
Apesar de a maioria dos participantes terem listado várias exigências — das quais a característica da amigabilidade foi a mais solicitada — os adotantes acabavam escolhendo animais que correspondiam a apenas algumas dessas preferências, como idade e disposição para brincar. Outros critérios que eram pré-definidos pelos futuros donos, como cor e o fato do cão ser vira-lata, tiveram menor influência na decisão final que levou à adoção dos pets.
Os abrigos são ambientes muito estressantes que podem alterar o comportamento real de um cão. Por isso, segundo os pesquisadores, escolher um cachorrinho com base em personalidade é equivalente a escolher um parceiro amoroso com base no quão bem eles falam em público. Para facilitar a adoção de cães menos sociáveis e estressados, os abrigos procuram colocá-los em locais temporários e calmos para que eles mostrem os seus traços amigáveis.
Mas, segundo Cohen, no processo de adoção canina, assim como no mundo do namoro, a aparência também importa. “Conforme muitos psicólogos têm demonstrado em experimentos de encontros rápidos, a atração física é muito importante. A maioria das pessoas pensa que eles conseguiram um cão bonito após realizarem a adoção”, explicou a pesquisadora.
Acompanha tudo da GALILEU? Agora você pode ler as edições e matérias exclusivas no Globo Mais, o app com conteúdo para todos os momentos do seu dia. Baixe agora!