• Redação Galileu
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Adotar é tudo de bom.  (Foto: Pixabay)

Adotar é tudo de bom. (Foto: Pixabay)

Um novo estudo, feito por psicólogos da Universidade de Indiana, dos Estados Unidos, analisou processos de adoção de cachorros em abrigos do país para fazer a adoção mais eficiente e entender como os adotantes escolhiam os cachorrinhos. Eles perceberam que adotar um companheiro canino tem uma dinâmica similar àquela que temos na hora de escolher alguém para namorar: nem sempre escolhemos companheiros com base nas preferências que julgamos ter.

“O que sabemos neste estudo é o que as pessoas dizem querer em um cachorro nem sempre está na linha com o que elas efetivamente escolhem”, contou a líder da pesquisa, Samantha Cohen.

Os pesquisadores separaram os cães por 13 critérios: idade, sexo, cor, tamanho, se eram ou não vira-latas, se haviam sido treinados, nervosismo, senso de proteção, inteligência, excitação, disposição para brincar, amigabilidade e nível energético.  Depois, foram pesquisadas as preferências de 1.229 pessoas que visitaram o abrigo de animais, dos quais 145 fizeram uma adoção.

Pesquisadora Samantha Cohen conduziu o estudo enquanto foi voluntária em um abrigo de animais  (Foto: Cadence Baugh Chang, Indiana University)

Pesquisadora Samantha Cohen conduziu o estudo enquanto foi voluntária em um abrigo de animais (Foto: Cadence Baugh Chang, Indiana University)

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Apesar de a maioria dos participantes terem listado várias exigências —  das quais a  característica da amigabilidade foi a mais solicitada — os adotantes acabavam escolhendo animais que correspondiam a apenas algumas dessas preferências, como idade e disposição para brincar. Outros critérios que eram pré-definidos pelos futuros donos, como cor e o fato do cão ser vira-lata, tiveram menor influência na decisão final que levou à adoção dos pets. 

Os abrigos são ambientes muito estressantes que podem alterar o comportamento real de um cão. Por isso, segundo os pesquisadores, escolher um cachorrinho com base em personalidade é equivalente a escolher um parceiro amoroso com base no quão bem eles falam em público. Para facilitar a adoção de cães menos sociáveis e estressados, os abrigos procuram colocá-los em locais temporários e calmos para que eles mostrem os seus traços amigáveis. 

Mas, segundo Cohen, no processo de adoção canina, assim como no mundo do namoro, a aparência também importa. “Conforme muitos psicólogos têm demonstrado em experimentos de encontros rápidos, a atração física é muito importante. A maioria das pessoas pensa que eles conseguiram um cão bonito após realizarem a adoção”, explicou a pesquisadora.

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