• Redação Galileu
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Baleia-cinzenta ( Eschrichtius robustus) (Foto: John Weldon/Northern Oregon Southern Washington Marine Mammal Stranding Program)

Baleia-cinzenta encontrada morta (Foto: John Weldon/Northern Oregon Southern Washington Marine Mammal Stranding Program)

A administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos Estados Unidos anunciou na semana passada que desde janeiro deste ano 70 baleias-cinzentas (Eschrichtius robustus) apareceram mortas em diversas praias dos Estados Unidos e do Canadá. É o número mais alto desde o ano 2000.

Para o biólogo John Calambokidis da organização sem fins lucrativos Cascadia Research Collective, de Washington, as estatísticas podem ser ainda piores, pois os corpos tendem a afundar e não chegar à costa. “Algumas estimativas sugerem que esse número é de apenas 10% do total”, afirmou.

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Segundo o porta-voz da NOAA, Michael Milstein, os animais estavam subnutridos e provavelmente não conseguiram alimento suficiente no Ártico. A entidade classificou as mortes como parte de um Evento de Mortalidade Unusual (UME) que, segundo o Ato de Proteção aos Mamíferos Marinhos, significa que a situação exige resposta imediata e mais pesquisas devem ser feitas para investigar os acontecimentos.

As baleias-cinzentas têm sofrido com a caça ao longo dos anos. De 1999 a 2000, pesquisas indicaram que havia 16 mil baleias-cinzentas no mundo. Mas, após um acordo internacional para interromper a atividade predatória, a espécie tem se recuperado. Em 2016, a estimativa dos especialistas é que existam 27 mil desses animais na natureza.

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