• Redação Galileu
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Estação Espacial Internacional (ISS) da Nasa (Foto: Reprodução/Nasa)

Estação Espacial Internacional (ISS) da Nasa (Foto: Reprodução/Nasa)

A Nasa divulgou na última segunda-feira (31) um relatório sobre o plano de transição para operações de serviços comerciais. Segundo a agência, o documento, entregue ao Congresso dos Estados Unidos, descreve o plano para a aposentadoria da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em 2030. Após a desativação da estação, ela será enviada ao “Ponto Nemo”, um cemitério espacial localizado no Oceano Pacífico, no ponto mais distante de qualquer atividade humana.

O objetido da Nasa nessa mudança é ser um dos muitos clientes de provedores de destinos comerciais, comprando apenas os bens e os serviços de que precisa para continuar com suas atividades. Os destinos comerciais, juntamente com a tripulação comercial e o transporte de cargas, serão a base da economia da agência após a aposentadoria da ISS.

A Estação Espacial Internacional desenvolve diversas pesquisas científicas, educacionais e tecnológicas que buscam beneficiar as pessoas na terra – além de permitir o avanço no conhecimento acerca do espaço profundo. Os EUA entendem que estender as operações da ISS até 2030 permitirá colher esses benefícios na próxida década enquanto o país desenvolve destinos comerciais e mercados para uma economia espacial próspera.

Segundo a diretora da ISS, Robyn Gates, a mudança ocorre no momento mais produtivo da plataforma. “Esta terceira década de atividades é um dos resultados com base na nossa parceria global para verificar tecnologias de exploração e pesquisa do espaço”, aponta Gates, em comunicado. Ela ainda afirma que a Nasa espera maximizar os retornos da estação espacial até 2030, com benefícios médicos e ambientais à humanidade, enquanto planeja a transição para destinos espaciais comerciais.

O laboratório da ISS é responsável por utilizar 50% dos recursos da Nasa a bordo da estação. Dentre outras, as atividades de pesquisa e desenvolvimento da agência estão avançando tecnologias necessárias para enviar a primeira mulher à Lua e os primeiros humanos a Marte.

O diretor de espaço comercial da Nasa, Phil McAlister, disse estar ansioso para compartilhar com o setor privado as lições aprendidas a fim de desenvolver destinos seguros, confiáveis e econômicos fora do nosso planeta. “O setor privado é técnica e financeiramente capaz de desenvolver e operar destinos comerciais de órbita baixa da Terra [região do espaço mais próxima da Terra onde se posicionam os satélites da agência], com a assistência da Nasa.”