• Redação Galileu
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Imagem da galáxia próxima NGC 4303, captada pelo MUSE, instrumento montado no Very Large Telescope do ESO (Foto: ESO/PHANGS)

Imagem da galáxia próxima NGC 4303, captada pelo MUSE, instrumento montado no Very Large Telescope do ESO (Foto: ESO/PHANGS)

O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta sexta-feira (16) imagens impressionantes captadas pelo Very Large Telescope (VLT), no Chile, em que galáxias próximas à Terra aparecem semelhantes a fogos de artifício. O registro é parte das novas observações do VLT que, junto a dados do telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma), poderão auxiliar os astrônomos a resolver questões sobre a formação estelar e a participação de galáxias nesse processo.

Segundo Eric Emsellem, astrônomo do ESO na Alemanha, a observação englobou uma grande variedade de locais e ambientes capazes de representar diferentes tipos de galáxias, com detalhes sobre suas estrelas e gases. “Podemos observar diretamente o gás que dá origem às estrelas, vemos as próprias estrelas jovens e testemunhamos sua evolução em várias fases”, comenta Emsellem, em comunicado.

Imagem da galáxia próxima NGC 1087 (Foto: ESO/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/PHANGS)

Imagem da galáxia próxima NGC 1087 (Foto: ESO/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/PHANGS)

A comunidade científica já sabe que esse gás relacionado à formação estelar se une em nuvens com temperaturas muito baixas, então os pesquisadores aproveitaram os dados do Alma, que já tinha visualizado anteriormente cerca de 100 mil regiões de gás frio em 90 galáxias próximas.

Essas informações foram combinadas às observações feitas no VLT por meio de seu instrumento Multi-Unit Spectroscopic Explorer (Muse), capaz de observar estrelas recém-nascidas e o gás que fica ao seu redor — que, por sua vez, é aquecido pela própria estrela. No total, o Muse constatou 30 mil nebulosas de gás quente e cerca de 15 milhões de espectros galácticos — um tipo de “código de barras” que revela propriedades de objetos cósmicos.

A junção das informações de ambos os telescópios fornece aos astrônomos a possibilidade de analisar as regiões galácticas onde há formação de estrelas, além de tentar prever onde ela pode ocorrer. “Esta combinação de dados nos permite investigar as várias fases da formação estelar — desde a formação dos berçários estelares até o início da própria formação estelar e a destruição final dos berçários pelas estrelas recém-nascidas — com mais detalhes do que o que seria possível com observações individuais”, explica Francesco Belfiore, do Osservatorio Astrofisico di Arcetri, na Itália, e coautor do estudo. “Esta é a primeira vez que conseguimos reunir um conjunto tão completo de dados, com imagens suficientemente nítidas para podermos distinguir nuvens, estrelas e nebulosas individuais, que apontam para a formação estelar”, complementa Belfiore.

Veja a seguir mais imagens feitas pelo telescópio:

Imagem da galáxia próxima NGC 1300 (Foto: ESO/PHANGS)

Imagem da galáxia próxima NGC 1300 (Foto: ESO/PHANGS)

Imagem da galáxia próxima NGC 1087 (Foto: ESO/PHANGS)

Outra captura da galáxia próxima NGC 1087 (Foto: ESO/PHANGS)

Imagem da galáxia próxima NGC 4303 (Foto: ESO/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/PHANGS)

Outra imagem da galáxia próxima NGC 4303 (Foto: ESO/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/PHANGS)