• Redação Galileu
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Mancha solar observada pelo telescópio Gregor a um comprimento de onda de 430 nanômetros (nm) (Foto: KIS)

Mancha solar observada pelo telescópio Gregor a um comprimento de onda de 430 nanômetros (nm) (Foto: KIS)

Avanços tecnológicos têm permitido a astrônomos do mundo todo estudar com precisão jamais vista a nossa Estrela Mãe, o Sol. Nos últimos meses, registros impressionantes vêm sendo divulgados e mais está por vir. Prova disso são as novas imagens feitas pelo telescópio solar Gregor, situado em Santa Cruz de Tenerife, na Espanha.


Melhorias feitas no equipamento por um time de pesquisadores do Instituto de Física Solar de Leibniz (KIS, na sigla em inglês), na Alemanha, estão permitindo-os olhar “de perto” o Sol. Eles analisaram um trecho de 50 quilômetros da Estrela — cujo diâmetro mede 1,4 milhão de quilômetros. Segundo os especialistas, é como se fosse possível ver perfeitamente uma agulha em um campo de futebol a uma distância de 1 quilômetro. “Isso foi muito emocionante, mas também extremamente desafiador. Em apenas um ano conseguimos redesenhar elementos óticos, mecânicos e eletrônicos para ter a melhor qualidade possível de imagem”, conta a líder do estudo, Lucia Kleint, em comunicado.

Mancha solar observada pelo telescópio Gregor a um comprimento de onda de 430 nanômetros (nm) (Foto: KIS)

Mancha solar observada pelo telescópio Gregor a um comprimento de onda de 430 nanômetros (nm) (Foto: KIS)


A pandemia atrasou um pouco os planos dos cientistas, mas em julho, quando a Espanha reabriu, a equipe voltou ao laboratório para concluir o estudo. As imagens são as de mais alta resolução já feitas pelo Gregor e revelam detalhes das manchas solares e do plasma da estrela. Esse gás eletricamente carregado traça os movimentos magnéticos provenientes do Sol.


De acordo com Svetlana Berdyugina, diretora do KIS, os avanços que permitiram registrar essas imagens vão possibilitar novos estudos sobre campo magnético, erupções, manchas e outros aspectos da nossa estrela. “Esse projeto foi um tanto arriscado porque essas melhorias geralmente levam anos, mas o trabalho em equipe e o planejamento meticuloso nos conduziram para o sucesso”, disse Berdyugina. “Agora temos um instrumento poderoso para resolver quebra-cabeças do Sol.”