• Redação Galileu
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Concepção artística do Planeta Nove (Foto: NASA/JPL-Caltech/Robert Hurt/Wikimedia Commons)

Concepção artística do Planeta Nove (Foto: NASA/JPL-Caltech/Robert Hurt/Wikimedia Commons)

No início de 2016, astrônomos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia da California (Caltech) descobriram evidências da existência de um outro planeta no sistema solar, o Planeta Nove (também chamado de Planeta X). No começo deste ano, o astrônomos encontraram mais informações sobre o corpo celeste.

Entretanto, um novo estudo conduzido por Jakub Scholtz, da Universidade de Durham, na Inglaterra, e James Unwin, da Universidade de Illinois, nos EUA, traz novas teorias sobre o planeta. A dupla sugere que, diferentemente do que se acreditava, o Planeta Nove é, na verdade, um buraco negro primordial.

Recebem esse nome buracos negros antigos e relativamente pequenos que surgiram logo após o Big Bang, como resultado de flutuações de densidade no universo primitivo. Os especialistas acreditam que os menores buracos negros tenham evaporado com a evolução do Universo, enquanto os mais massivos ainda existam e estejam na iminência de desaparecer.

Fenômenos bizarros
Segundo Scholtz e Unwin, duas anomalias gravitacionais contribuem para a hipótese. A primeira são as órbitas bizarras de seis objetos do Cinturão Kuiper, que têm formações atípicas. Embora presuma-se que elas sejam explicadas por uma fonte gravitacional externa ao Sistema Solar, a existência de um buraco negro primordial naquela região explicaria o fenômeno, de acordo com os especialistas.

Já a segunda explicação tem a ver com um desvio da luz que viaja pelo Sistema Solar. Em certo ponto, a luz parece dobrar por conta de um objeto ainda desconhecido pelos cientistas. Esse fenômeno, de acordo com o estudo, também pode ser resultado de um buraco negro primordial.

"Essas duas coisas apontam para [um objeto com] a mesma faixa de massa", disse Unwin em entrevista à Live Science. "Foi isso que nos deixou bastante animados." Entretanto, os astrônomos ressaltam a importância de novos estudos para determinar, com certeza, a natureza do corpo celestial.