Biologia
Espécie desconhecida de mamífero é registrada em colinas no Quênia
Cientistas da Finlândia acreditam ter encontrado uma nova população de hírax, mamífero parente do elefante que vive em florestas tropicais da África
1 min de leitura![Cientistas acreditam ter descoberto nova espécie de hírax, mamífero que vive em florestas tropicais da África (Foto: Hanna Rosti) Cientistas acreditam ter descoberto nova espécie de hírax, mamífero que vive em florestas tropicais da África (Foto: Hanna Rosti)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/Zp771Smb2DrG6N7AnMtHgZeSI2U=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2020/12/23/9-anewspecieso.jpg)
Cientistas acreditam ter descoberto nova espécie de hírax, mamífero que vive em florestas tropicais da África (Foto: Hanna Rosti)
Pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, acreditam ter descoberto uma nova espécie de hírax nas colinas Taita, no sudeste do Quênia. O estudo, publicado este mês no periódico científico Diversity, tinha como objetivo analisar a vocalização noturna de animais que vivem no bioma.
Os hiraxes são mamíferos ainda pouco conhecidos pela ciência. Eles se parecem com porquinhos-da-índia, mas já se sabe que, na verdade, são parentes distantes dos elefantes (sim!). De hábitos noturnos, vivem nas copas de árvores de florestas tropicais da África.
Sabe-se que eles conseguem produzir sons acima de 100 decibéis e por bastante tempo: no mínimo 12 minutos consecutivos. “Os animais que cantam provavelmente são machos tentando atrair fêmeas que estejam dispostas a acasalar”, pontua, em comunicado, Hanna Rosti, pesquisadora da Universidade de Helsinque que passou três meses na floresta registrando esses sons.
O que ela observou, porém, é que alguns desses barulhos ainda não haviam sido descritos em estudos anteriores. As análises sugerem duas populações de espécies diferentes nas colinas Taita: uma menor, muito semelhante à que vive no litoral do Quênia; e outra que ainda não foi associada a nenhuma espécie conhecida, e por isso acredita-se ser inédita.
“A taxonomia de muitos mamíferos noturnos permanece pouco conhecida, e muitas populações ainda não foram estudadas”, observa o cientista Henry Pihlström, que foi o responsável por revisar o material da literatura científica relacionado a essa espécie ainda tão enigmática.