• Redação Galileu
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Estátua de alabastro de Alexandre, o Grande, desenterrada em uma grande escavação no subúrbio de Al-Shatby, em Alexandria (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Estátua de alabastro de Alexandre, o Grande, desenterrada em uma grande escavação no subúrbio de Al-Shatby, em Alexandria (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Após uma expedição arqueológica de nove meses, pesquisadores descobriram restos do que pode ter sido uma cidade comercial em Alexandria, no Egito, durante os séculos 2 a.C e 4 d.C., períodos grego e romano. Com escavadeiras e técnicas modernas de elevação topográfica, a equipe liderada pelo arqueólogo Ibrahim Mustafa documentou o local onde foram encontrados diversos objetos, como artefatos de cerâmica, redes de pesca, moedas e amuletos.

Entre os achados ainda estão estátuas de grandes ídolos da época, incluindo Alexandre, o Grande, rei da Macedônia que dominou a Pérsia, avançou pelo Egito e também fundou Alexandria. O local do túmulo do líder permanece um mistério para os especialistas, que nunca encontraram seus restos.

Fonte de riqueza histórica para os arqueólogos, Alexandria guarda muitos segredos por ter sido em partes destruída por um tsunami e sofrido com o aumento do mar, que facilitou a sobreposição de camadas de terra sobre o assentamento original.

Vasos de cerâmica foram encontrados no local onde teria existido um assentamento comercial (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Vasos de cerâmica foram encontrados no local onde teria existido um assentamento comercial (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Segundo comunicado do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, a região descoberta tinha função residencial e comercial e era constituída por “uma avenida principal com ruas subjacentes associadas a uma rede de esgoto”.

O chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do país, Mostafa Waziri, informou que os estudos detectaram cisternas de água conectadas para fins de armazenamento. "A expedição encontrou uma grande rede de tanques pintados em rosa para armazenar chuva, inundação e águas subterrâneas para serem usados durante o período de seca", afirma Waziri.

Imagens 3D e técnicas modernas de elevação topográfica foram utilizadas para estudar o antigo assentamento (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Imagens 3D e técnicas modernas de elevação topográfica foram utilizadas para estudar o antigo assentamento (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Os objetos encontrados indicam que a principal troca comercial ligada àquela área do subúrbio era a pesca. Para Mustafa, outro indicativo de que pescadores transitavam por ali são as demais estátuas encontradas, que retratavam ídolos associados à atividade pesqueira.

Amuletos desenterrados no subúrbio de Al-Shatby, em Alexandria (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Amuletos desenterrados no subúrbio de Al-Shatby, em Alexandria (Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)