Arqueologia
Restos de freiras mortas na 2ª Guerra Mundial são encontrados na Polônia
Esqueletos de irmãs católicas que atuavam como enfermeiras durante o conflito foram identificados ao lado de crucifixos, medalhões e roupas
1 min de leituraEm busca de vestígios de sete freiras mortas durante a ocupação soviética na Polônia, arqueólogos encontraram recentemente os últimos três esqueletos que foram identificados como pertencente às religiosas Generosa, Krzysztofora e Liberia. Todas atuaram como enfermeiras do Hospital de St. Mary, na cidade de Olsztyn, no norte da Polônia, durante o fim da Segunda Guerra Mundial.
Contexto histórico
Como parte do plano de invasão do Exército Vermelho soviético ao país, os soldados tentaram suprimir a milícia polonesa e figuras religiosas. Segundo o Instituto da Memória Nacional da Polônia (IPN, na sigla em polonês), registros de 1945 mostram que freiras da ordem católica de Santa Catarina de Alexandria foram massacradas.
A Irmã Generosa (Maria Bolz), a Irmã Krzysztofora (Marta Klomfass) e a Irmã Libéria (Maria Domnik) faziam parte dessa ordem. Na época, elas trabalhavam como enfermeiras em Olsztyn, cuidando dos doentes e organizando enterros em um cemitério na região — até que os soviéticos invadiram a cidade em janeiro de 1945.
Maria Bolz ficou trancada e foi torturada por 10 dias no sótão do hospital, Maria Domnik foi baleada após se esconder com pacientes em um bunker e Marta Klomfass teve "uma longa luta com um soldado" antes de ser brutalmente morta, informa o IPN.
Os restos ósseos das freiras foram encontrados em um cemitério em Olsztyn. Um local de aproximadamente 20 metros quadrados foi escavado no final de 2020 por arqueólogos, que antes tiveram de exumar alguns esqueletos enterrados acima das irmãs.
Entre os itens encontrados, estavam rosários e pequenos crucifixos, além de roupas associadas à ordem de Santa Catarina. O DNA colhido nos sete esqueletos encontrados foi enviado para análise em Danzigue, norte da Polônia, para confirmar as identidades das freiras, que devem ser beatificadas pelo clero católico polonês, de acordo com o IPN.