• Redação Galileu
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Amostra de fóssil de um Saivodus striatus, que tem o tamanho de um grande tubarão branco moderno  (Foto: Divulgação Instagram desertsabertooth)

Amostra de fóssil de um Saivodus striatus, que tem o tamanho de um grande tubarão branco moderno (Foto: Divulgação Instagram desertsabertooth)

O estado norte-americano Kentucky não tem litoral, mas virou notícia nesta semana pela descoberta impressionante de fósseis de tubarão. Os restos de aproximadamente 150 tubarões foram encontrados no Parque Nacional Mammoth Cave, conhecido por abrigar cavernas, grutas e túneis naturais.

Segundo os pesquisadores, esses tubarões viveram cerca de 330 milhões de anos atrás, no que seria o final de um período geológico conhecido Mississipiano, quando grande parte da América do Norte estava coberta por oceanos. Os restos desses animais foram envoltos em sedimentos que, eventualmente, se tornaram o calcário onde a caverna se formou.

A descoberta foi por acaso. Segundo a CNN, os cientistas Rick Olson e Rick Toomey, que trabalham no parque, estavam mapeando uma parte da caverna quando começaram a ver os fósseis. Eles enviaram fotos de sua descoberta ao paleontólogo John-Paul Hodnett, que é especialista em tubarões paleozoicos – período geológico que aconteceu há 542 milhões de anos.

Além dos dentes, Hodnett também notou a presença de cartilagem, o que é raro em fósseis desse tipo, já que ela é mais macia que o osso e nem sempre é preservada. Quando o cientista visitou a caverna, o especialista se surpreendeu. "Na verdade, não é um esqueleto inteiro, mas apenas partes da cabeça. E a cabeça em si é bem grande", disse o paleontólogo à CNN.

Hodnett conseguiu determinar a espécie do fóssil a partir do estudo dos dentes encontrados. O tubarão é o Saivodus striatus, que tem o tamanho de um grande tubarão branco moderno – cerca de 6 metros de comprimento

O paleontólogo disse que ainda está estudando as amostras da caverna, mas já aprendeu muito. Ele estima que encontrou fósseis de 15 a 20 espécies diferentes. "Nós literalmente apenas escavamos a superfície", disse Hodnett ao canal de TV norte-americano. "Espero que, com mais trabalho de campo, encontremos outra leva de espécimes."