• Redação Galileu
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Esqueleto da criança morta durante a erupção do Vesúvio  (Foto: Archaeological Park of Pompeii)

Esqueleto da criança morta durante a erupção do Vesúvio (Foto: Archaeological Park of Pompeii)

Na região da atual Itália, a cidade de Pompéia foi destruída pelo vulcão Vesúvio, que entrou em erupção em 79 a.C., matando mais de 1,5 mil pessoas. Desde o século 19, escavações revelam ossadas de diversas vítimas do desastre, como o esqueleto de um homem que foi atingido por um pedregulho descoberto recentemente.

Desta vez, arqueólogos encontraram o esqueleto de uma criança que tinha entre 8 e 10 anos de idade quando morreu buscando abrigo da erupção em um banheiro público. Séculos após a tragédia, o terreno, conhecido como “Os Banheiros Centrais de Pompéia”, foi reaberto ao público por uma iniciativa do governo italiano para conservar as ruínas de Pompéia.

Arqueóloga estuda ossos da criança onde um dia foram os banheiros de Pompéia  (Foto: Archaeological Park of Pompeii)

Arqueóloga estuda ossos da criança onde um dia foram os banheiros de Pompéia (Foto: Archaeological Park of Pompeii)

As escavações mostraram que a criança possivelmente morreu devido ao gás quente e aos dejetos vulcânicos lançados pelo Vesúvio. “Foi uma escavação carregada emocionalmente”, relembrou Alberta Martellone, a arqueóloga líder da expedição, em entrevista à Agência France Presse (AFP).

Os ossos foram encontrados onde constumavam acontecer banhos térmicos e encontros sociais. Segundo os especialistas, a arquitetura dos arredores era bem imponente, com grandes pilares luxuosos, inspirados no design arquitetônico da Roma Antiga.

Ruínas de onde eram os banheiros de Pompéia  (Foto: Archaeological Park of Pompeii)

Ruínas de onde eram os banheiros de Pompéia (Foto: Archaeological Park of Pompeii)

Martellone ainda contou que a experiência da pesquisa foi “envolvente sob o ponto de vista arqueológico”. De acordo com ela, não é comum encontrar prédios grandes com salas amplas como as ruínas dos banheiros públicos, muito menos em uma cidade antiga como Pompéia. 

Agora, os especialitas pretendem continuar estudando os restos mortais da criança, com o auxílio de análises genéticas. A ideia é descobrir qual era o sexo do corpo e se tinha alguma doença no momento em que faleceu.