• Redação Galileu
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Reconstituição em 3D do busto de Nefertiti (Foto:  Cosmo Wenman/ Creative Commons )

Reconstituição em 3D do busto de Nefertiti (Foto: Cosmo Wenman/ Creative Commons )

O designer Cosmo Wenman venceu uma batalha jurídica que se alongou por três anos para poder ter acesso à imagens em 3D do antigo busto da rainha Nefertiti, que foi da 18ª dinastia do Egito Antigo. No último dia 13 de novembro, o artista disponibilizou o acervo de fotos da relíquia online

O busto de 3,4 mil anos está sob a posse do Museu Neues, em Berlim, na Alemanha. O artefato foi encontrado em 1912, pelo arqueólogo alemão Ludwig Borchardt, a 275 quilômetros ao sul do Cairo, capital do Egito.

Nefertiti foi uma rainha da da 18ª dinastia do Egito Antigo (Foto:  Cosmo Wenman/ Creative Commons )

Nefertiti foi uma rainha da da 18ª dinastia do Egito Antigo (Foto: Cosmo Wenman/ Creative Commons )

Durante o governo nazista de Adolf Hitler, o ditador quase entregou o busto ao Egito, mas voltou atrás e não cedeu a relíquia. O artefato foi exposto em Berlim em 1945 e autoridades egípcias tem buscado o repatriamento do artigo.

No meio da disputa, Wenman levou ao público as imagens em 3D do busto de Nefertiti, que até então eram sigilosas. O designer está conduzindo um projeto para liberar reconstituições tridimensionais de outros artefatos históricos. “É muito difícil encontrar alguém que seja capaz de articular uma razão coerente para manter esse tipo de dado distante do público”, disse o designer ao site Artnet News.

Público finalmente pode ver o busto de Nefertiti em detalhes  (Foto:  Cosmo Wenman/ Creative Commons )

Público finalmente pode ver o busto de Nefertiti em detalhes (Foto: Cosmo Wenman/ Creative Commons )

As imagens em 3D do busto de Nefertiti resgatam detalhes da rainha, como o colar usado por ela e os seus olhos contornados. 

As fotos do busto de Nefertiti estão sob a licença Creative Commons, o que garante que elas podem ser modificadas e atribuídas para fins não comerciais. “Com scanners em 3D, a herança cultural do mundo pode ser digitalizada e percorrer caminhos novos e inesperados”, afirmou Wenman.