• Redação Galileu
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Ossos do braço do esqueleto de um homem apresentam ferimentos (Foto: Robert Littman/Jay Silverstein)

Ossos do braço do esqueleto de um homem apresentam ferimentos (Foto: Robert Littman/Jay Silverstein)

Escrita em três grafias (hieróglifos, grego antigo e demótico), a Pedra de Roseta contém histórias que marcaram a humanidade. Uma delas é sobre uma batalha que aconteceu de 206 a.C. a 186 a.C., na antiga cidade de Thmouis: a vitória militar de Ptolomeu V, faraó de uma poderosa dinastia grega, contra uma facção egípcia.

Arqueólogos encontraram, em 2011, o esqueleto de um guerreiro que provavelmente foi morto durante essa batalha. A descoberta é importante porque fornece evidências físicas raras deo levante: o corpo do homem foi jogado no chão e coberto de terra, mas sem sinal de um verdadeiro enterro. Além disso, o esqueleto tinha lesões nos braços e fraturas não cicatrizadas que provavelmente resultaram de um combate próximo ao momento de sua morte.

Pedra de Roseta (Foto: Wikimedia Commons)

Pedra de Roseta (Foto: Wikimedia Commons)

Perto do esqueleto, os pesquisadores encontraram uma ponta de flecha queimada e bolas de balista, pedras do tamanho de uma bola de beisebol que foram arremessadas por catapultas. "Provavelmente, o guerreiro que encontramos foi uma vítima da revolta egípcia antiga", disse o arqueólogo Robert Littman na reunião anual das Escolas Americanas de Pesquisa Oriental, no dia 22 de novembro, segundo o Science News.

Littman explica que as evidências da data da morte do guerreiro são moedas escavadas logo acima de seus restos, que datam entre 180 a.C. e 170 a.C. Também foram encontradas moedas logo abaixo do corpo que apontam para 205 a.C. ou antes.

Mas os pesquisadores ainda não descobriram se os moradores de Thmouis, cidade que agora está enterrada sob um monte de terra e detrito na região sul do Egito, estavam do lado dos rebeldes ou do faraó.