• Redação Galileu
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Cientistas criaram mapa da composição do meteorito  (Foto: Matsumoto et al., SciAdv, 2019)

Cientistas criaram mapa da composição do meteorito (Foto: Matsumoto et al., SciAdv, 2019)

Cientistas do Japão e da China encontraram “fósseis de gelo” em um meteorito de 4,6 bilhões de anos. A descoberta pode revelar pistas sobre a formação do Sistema Solar. Chamado de Acfer 094, o objeto espacial foi encontrado em 1990, em uma zona desértica da Algéria.

Os pesquisadores usaram microscópios e analisaram amostras do meteorito, identificando vários poros de 11 micrômetros (um micrômetro corresponde à milésima parte do milímetro).

Dentro de cada poro minúsculo, havia cristais de gelo. Segundo os especialistas, a água congelada derreteu há bilhões de anos, deixando as impressões fossilizadas no meteorito.

Para entender melhor a composição do objeto espacial, os cientistas fizeram uma simulação de como ele era no momento em que se formou. Provavelmente, a formação ocorreu a partir de um corpo rochoso planetesimal, uma “semente” com capacidade de formar um planeta.

De acordo com os pesquisadores, o planetesimal se originou fora do Sistema Solar a partir de poeira fofa, composta por grãos de sílica e gelo. Conforme o planetesimal formou o meteorito, o núcleo dele foi preenchido de gelo.

Ao se aproximar de uma zona do Sistema Solar onde o calor solar é mais forte, o gelo evaporou e a água condensou novamente. Durante a viagem do objeto pelo espaço, sua estrutura mudou e ele se quebrou, caindo na Algéria.