Arqueologia
Cientistas descobrem "fósseis de gelo" em meteorito de 4,6 bilhões de anos
Pesquisadores acreditam que minúsculos poros do objeto espacial já armazenaram água congelada
1 min de leitura![Cientistas criaram mapa da composição do meteorito (Foto: Matsumoto et al., SciAdv, 2019) Cientistas criaram mapa da composição do meteorito (Foto: Matsumoto et al., SciAdv, 2019)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/t5YRd3xcTZ7rXJwlb85_f6OwOF4=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/11/26/porous-rock_1024.jpg)
Cientistas criaram mapa da composição do meteorito (Foto: Matsumoto et al., SciAdv, 2019)
Cientistas do Japão e da China encontraram “fósseis de gelo” em um meteorito de 4,6 bilhões de anos. A descoberta pode revelar pistas sobre a formação do Sistema Solar. Chamado de Acfer 094, o objeto espacial foi encontrado em 1990, em uma zona desértica da Algéria.
Os pesquisadores usaram microscópios e analisaram amostras do meteorito, identificando vários poros de 11 micrômetros (um micrômetro corresponde à milésima parte do milímetro).
Dentro de cada poro minúsculo, havia cristais de gelo. Segundo os especialistas, a água congelada derreteu há bilhões de anos, deixando as impressões fossilizadas no meteorito.
Para entender melhor a composição do objeto espacial, os cientistas fizeram uma simulação de como ele era no momento em que se formou. Provavelmente, a formação ocorreu a partir de um corpo rochoso planetesimal, uma “semente” com capacidade de formar um planeta.
De acordo com os pesquisadores, o planetesimal se originou fora do Sistema Solar a partir de poeira fofa, composta por grãos de sílica e gelo. Conforme o planetesimal formou o meteorito, o núcleo dele foi preenchido de gelo.
Ao se aproximar de uma zona do Sistema Solar onde o calor solar é mais forte, o gelo evaporou e a água condensou novamente. Durante a viagem do objeto pelo espaço, sua estrutura mudou e ele se quebrou, caindo na Algéria.