• Texto Daniele Zebini
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 (Foto: Bárbara Malagoli)

(Ilustração: Bárbara Malagoli)

PELE PROTEGIDA

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1. Quais cuidados preciso ter com a pele do meu filho?

Até os 6 meses, o uso de protetor não é recomendado, devido à sua maior absorção pela pele do bebê. Então, a saída é não deixar seu filho diretamente ao sol, protegendo-o com roupas e bonés,  já que, mesmo debaixo de guarda-sóis e das árvores, recebe radiação do sol. A partir dos 6 meses, a criança já pode usar filtro solar, com fator de, no mínimo, 30 – leve em consideração o tom da pele: quanto mais clara, maior deve ser o índice de proteção. Lembre-se de passar o produto 20 minutos antes da exposição ao sol, sempre deixando a criança sem roupa e aplicando de maneira uniforme, em sentido único e não circular, e sem esquecer das dobrinhas, orelhas e peito do pé.  Vale até aplicar duas camadas para garantir a proteção. Reaplique a cada duas horas e após banho de imersão. Mas os cuidados não param por aí: é preciso evitar o sol entre 10 e 16 horas e lançar mão de roupas e chapéus, que também podem proteger seu filho.

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2. O que fazer se a criança ficar ardida?

Evite banhos quentes para não piorar a lesão e faça compressas frias locais com auxílio de um pano úmido. Você pode utilizar hidratantes à base de água, específicos para crianças, de uma a duas vezes por dia, para aliviar a dor e a coceira, especialmente se a pele estiver descascando. Roupas leves e arejadas também ajudam a criança a se sentir melhor. E exposição ao sol, nem pensar!

3. Como evitar picadas de insetos?

Assim como acontece com o protetor solar, os repelentes só podem ser usados em bebês com mais de 6 meses. Antes disso, a única forma é a proteção mecânica, ou seja, uso de roupas com mangas longas e calças compridas, além de telas e mosquiteiros. Depois dessa idade, os repelentes mais indicados são à base de Deet e Icaridina, que protegem também contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, e podem ser aplicados até três vezes ao dia. Mas, atenção: leia sempre o rótulo para ver a idade permitida para uso e consulte o médico do seu filho. Evite aqueles que já venham com hidratantes ou proteção solar em sua composição, pois essas associações reduzem a eficácia do produto. Saiba que é melhor aplicar o protetor solar primeiro e, após 20 minutos, passar o repelente.

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4. Oferecer frutas e sucos sob o sol provoca manchas na pele?

A ingestão do suco não provoca manchas na pele. Mas o contato direto com frutas cítricas – como limão, laranja e maracujá – pode manchar, sim! Então, caso a criança consuma esse tipo de fruta, lave bem as mãos e o rosto dela logo após. 

5. Preciso passar hidratante depois do sol?

Não é obrigatório, mas ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente. Dê preferência aos hidratantes à base de água ou aloe vera, que têm propriedades calmantes.

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6. Areia oferece riscos?

Sim. Ela pode ser transmissora de doenças cutâneas, como micoses, bicho de pé, bicho geográfico e toxoplasmose. O bicho geográfico ocorre quando há o contato com fezes de cães e gatos contaminadas pelo parasita. Para prevenir, o melhor é não andar descalço em lugares onde esses animais circulam. Já as micoses encontram solo fértil em ambientes úmidos, que favorecem a proliferação de fungos. Por isso, seque bem a criança após o banho, especialmente em regiões de dobras, como axilas, virilhas e entre os dedos dos pés e mãos. Também não deixe que ela ande sem calçados em pisos que estão sempre úmidos, como lava-pés e vestiários.

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7. Brotoejas são mais comuns no verão?

Sim. Elas são um processo inflamatório em glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor, que pioram com aumento da temperatura e da transpiração. Para evitar, use roupas leves e largas, preferencialmente de algodão, e deixe a criança em lugares frescos. Não é preciso passar nada no local.

8. E as assaduras?

Elas também são mais frequentes em dias quentes, já que as altas temperaturas promovem uma transpiração maior e essa umidade, junto com o calor, aumenta o risco do crescimento de fungos, que causam as assaduras. Para que o seu filho não sofra com esse problema, é importante realizar trocas frequentes das fraldas. Outra dica é deixá-lo sem elas, sempre que possível, para que a pele possa respirar um pouco.

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BRINCADEIRAS PARA A PRAIA

Relógio de sol — Procure, com as crianças, um graveto e 12 pedras no caminho para a praia (isso por si só já é divertido). Ou usem o palito de picolé e conchas para uma versão reduzida. Arrume as 12 pedras num círculo e coloque o graveto no meio. Não se preocupe se o relógio não ficar perfeito. O importante é seu filho perceber que as pedras formam as horas e que a sombra do graveto muda de lugar ao longo do dia. Uma maneira de explicar o passar do tempo.

Contorno do corpo — Um jeito de aprender as partes do corpo brincando. O seu filho deita na areia e outra criança, ou você, contorna o corpo dele com um palito ou com o dedo. Depois, é só revezar e comparar os desenhos para reconhecer as diferenças em cada um dos participantes.

Acerte o alvo — Com um graveto, desenhe na areia três círculos, um dentro do outro, com diferentes tamanhos. Cada um ganha uma numeração — a maior pontuação fica no menor círculo (o mais difícil de acertar), e assim por diante, de dentro para fora. A ideia é acertar o alvo, jogando pedrinhas ou conchas grandes. No final, somam-se os pontos. Quem fizer mais, ganha.

Fonte: Patrícia Camargo, do Tempojunto

ALIMENTAÇÃO

9. Como devem ser as refeições do meu filho nessa época?

É sempre melhor oferecer alimentos mais leves e hidratantes, além de caprichar nos líquidos! Crianças em aleitamento materno exclusivo provavelmente solicitarão mais o peito, já que sua água provém do leite. Então, amamente com mais frequência. Para as que usam fórmulas, ofereça mais água filtrada fresca. Se o seu filho já passou pela fase de introdução alimentar, invista nas papinhas ou refeições com legumes, verduras e frutas, utilizando os alimentos mais hidratantes (pepino, tomate, salsão, abobrinha, alface, abóbora, cenoura, couve-flor, brócolis), e evite as carnes vermelhas, já que as proteínas pesam mais na digestão.  As carnes brancas, como peixe e frango, são bem-vindas. E não se preocupe se o apetite da criança diminuir um pouco, é normal em dias muito quentes.

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10. Quais frutas são mais hidratantes?

Basta morder uma única fatia de melancia, melão ou abacaxi para notar que são riquíssimas em água. Frutas como ameixa, morango, laranja e maçã também não ficam atrás. 

11. Quanto tempo depois de comer pode entrar na água?

O ideal é esperar uma hora para entrar na água ou praticar atividades esportivas. Outro ponto é que, quanto mais leve a refeição, mais rápida a digestão e, consequentemente, menor o risco de congestão. É o caso do leite materno, que é digerido rapidamente e, portanto, pode-se aguardar apenas meia hora.

12. A água do mar ou da piscina pode fazer mal para meu filho se ele engolir?

Pequenas quantidades não trazem nenhum tipo de dano. No entanto, se engolir muita água, o excesso de sal no organismo pode levar à desidratação e, posteriormente, a diarreias. E, quanto menor a criança, mais perigoso. Outra questão é a pureza do líquido: sujeira e agentes contaminantes podem estar presentes e provocar náuseas, vômitos, diarreia e até mesmo infecções gastrointestinais. Os pais devem estar atentos às indicações dos órgãos de controle das praias para as condições de balneabilidade e, claro, orientar as crianças a não engolir a água, ainda que a praia tenha bandeira verde.

13. Como manter a hidratação da criança em dia?

Água! Ela é a melhor forma para manter a hidratação do corpo. Mas pode-se incluir água de coco, águas aromatizadas (com frutas ou vegetais) e sucos naturais. A recomendação da Academia Americana de Pediatria para esse último item é:  só oferecer sucos a partir de 1 ano de idade; de 1 a 7 anos, de 120 ml a 180 ml, por dia; a partir dos 7, de 230 a 350 ml; além de não adoçá-los nem substituir a água por eles.

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14. Que lanches posso levar para um dia de praia ou piscina?

As refeições devem ser de consumo imediato e compostas por alimentos de fácil digestão. Nada de produtos com grandes quantidades de gordura ou muita proteína, como coxinhas ou sanduíches com salame, que têm digestão mais lenta. Frutas inteiras (e lavadas!), como uva, maçã e banana, ou picadas em cubinhos (como melão), sanduíches naturais – sempre com uma proteína, como queijo, peito de peru ou atum; um legume, como cenoura ralada; e alguma pasta para umedecer, como cream cheese –, torta de legumes em pedaços, barras de cereais, milho cozido, biscoito de polvilho e pepinos e cenouras em tiras são boas opções, desde que fiquem acondicionadas em bolsas térmicas ou coolers. Para manter a temperatura, opte pelos gelos recicláveis.

15. O risco de intoxicação alimentar é maior nos dias quentes?

Sim, isso porque as altas temperaturas favorecem o crescimento de bactérias, vírus, fungos e outros micro-organismos em alimentos mal-acondicionados e manipulados sem as condições de higiene necessárias. Crianças, idosos e gestantes são mais vulneráveis à intoxicação, que afeta o sistema digestivo. Os sintomas mais comuns são: cólicas abdominais, enjoo, vômitos, diarreia, febre, dor de cabeça, coceira, mal-estar e dor de estômago. Eles podem durar algumas horas ou dias. O tratamento geralmente é sintomático (para baixar a febre, amenizar a dor), mas a avaliação médica é fundamental.

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16. Que alimentos posso comprar na praia?

Opte pelos preparados na hora. Isso vale para sucos naturais (feitos com água mineral), saladas de frutas e sanduíches naturais. Biscoito de polvilho, milho cozido e picolés são boas dicas. Esqueça a raspadinha, já que você não sabe a procedência do gelo. Dê preferência a produtos vendidos em quiosques fixos, não por ambulantes, que caminham o dia todo debaixo do sol com os alimentos. 

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2 SUCOS HIDRATANTES PARA A FAMÍLIA

Melancia com limão e hortelã

1 a 3 xícaras de melancia em cubos (pode ser com sementes)
1 xícara de folhas e talos de hortelã
Suco de 1 a 2 limões (depende do paladar)
Meio copo (100 ml) de água gelada ou gelo
Modo de preparo: bata no liquidificador todos os ingredientes e sirva.

Maracujá refrescante

2 maracujás (com ou sem sementes)
1/2 xícara de hortelã
1 colher de sopa de linhaça
500 ml de água
Modo de preparo: bata no liquidificador todos os ingredientes e sirva.

Fonte: Jacqueline Rodrigues, nutricionista materno infantil

SAÚDE & CONFORTO

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17. Ventilador ou ar-condicionado. O que é melhor?

Se a temperatura for adequada, não tem problema usar ar-condicionado no ambiente onde está o bebê. Mesmo em UTI neonatal, ele é regulado para uma temperatura de 25ºC. Deve-se lembrar, no entanto, de que o aparelho resseca o ambiente e, por isso, deve-se utilizar umidificador ou uma bacia de água (longe do alcance das crianças) para umidificá-lo. O filtro deve estar sempre em condições adequadas, assim como a manutenção do aparelho. Apesar de ser menos eficaz na hora de aliviar o calor, o ventilador também pode ser usado, desde que não seja direto em cima do bebê. Uma dica é direcioná-lo à parede, para que o ar circule sem prejudicar a criança. E, claro, é importante que o ambiente esteja limpo, porque, ao fazer o ar circular, o ventilador espalha ácaros, poeira e sujeiras.

18. Viroses são mais comuns no verão?

Quando usamos o termo virose nos referimos às infecções causadas por vírus. Dessa forma, temos vírus o ano todo e eles são frequentes em todas as estações. No verão, predominam os enterovírus, causadores das viroses intestinais. Os sintomas são bastante variáveis: um mesmo vírus pode causar diarreia, vômito e febre em uma pessoa e provocar somente dor abdominal em outra, ou até mesmo nenhum sintoma. Rotavírus e norovírus também são bastante comuns – ambos provocam a diarreia –, além de dengue, zika e chikungunya, cuja incidência aumenta no verão.

19. Quais roupas são mais confortáveis?

Coloque nas crianças peças claras, largas e arejadas, evitando tecidos sintéticos – dê preferência ao algodão. Não se esqueça de que bebês também sentem calor, então, nada de agasalhá-lo demais. O excesso de roupa pode causar desidratação e hipertermia, que é o aumento da temperatura corpórea. Na hora de dormir, se estiver muito quente, deixe a criança só de body ou camiseta. 

20. Tem problema oferecer bebidas geladas para a criança?

Não. Líquidos gelados, gelinho, sorvete, nada disso faz mal, desde que o seu filho não esteja com dor de garganta. Se já estiver, é melhor evitar, porque tanto o quente quanto o gelado, quando já há uma infecção instaurada, agridem a mucosa e pioram a defesa local.

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21. Posso dar mais banhos? 

Sim, desde que a pele da criança não apresente ressecamento, o que normalmente ocorre por uso excessivo do sabonete. Uma alternativa é encher a banheira com água fresca do chuveiro e deixar que a criança brinque um pouco, sempre sob a supervisão de um adulto. Banhos demorados com água quente, nem pensar! Esses podem ocasionar dermatites, que são reações alérgicas na pele, bem comuns nessa época do ano por excesso de banho e de sabonete.

22. O que é insolação?

Ela é causada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso, que elevam a temperatura do organismo. Os sintomas são dor de cabeça, tontura, náusea, pele seca sem transpiração, febre, aumento da frequência cardíaca, desmaio, coma e até morte. Se houver insolação, o mais importante é baixar a temperatura do organismo. Nos casos leves, podem ser usadas compressas frias na cabeça, região das axilas, virilhas e pescoço ou banho de imersão em água fria. Coloque a criança em um lugar fresco, à sombra e arejado; ofereça água fria ou gelada para beber. Nos casos graves, onde há coma ou confusão mental, respiração rápida e desidratação, o atendimento de emergência é essencial. O melhor é a prevenção: além do cuidado com o excesso de sol, ofereça líquidos durante todo o dia para o seu filho bem como uma alimentação leve, fracionada, com alimentos frescos e higienizados.

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23. Tem problema deixar a criança com a sunga ou biquíni molhado?

Sim. Deixar a criança com roupa de praia molhada por muito tempo pode predispor às infecções por fungos (candidíase e micose) e dermatites (irritação da pele), entre elas as assaduras. O ideal é sempre substituir por peças secas. Por isso, leve uma troca caso vá passar o dia fora, seja na praia ou piscina.

24. Crianças precisam de óculos de sol?

A radiação solar pode produzir sequelas definitivas nos olhos. É importante fazer a proteção com o uso de um bom óculos de sol, que absorve 99% do espectro UV. Mas a idade ideal para uso do acessório, no entanto, é controversa entre os especialistas. O problema, segundo eles, é o escurecimento das cores, que pode alterar a percepção da criança que ainda está com a visão em formação (principalmente antes dos 3 anos), além de facilitar acidentes. Para as maiores, a estrutura dos óculos deve proteger olhos e pálpebras, lembrando que o uso de bonés ou chapéus de abas chegam a bloquear cerca de 50% da radiação. Invista neles!

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NÃO TEM SOL, MAS QUEIMA

O céu está cheio de nuvens, tem uma sombrinha gostosa, o vento batendo no rosto... Situação ideal para as crianças passarem o dia inteiro na praia sem qualquer preocupação, certo? Errado! Em dias muito quentes, boa parte dos raios solares ultrapassam as nuvens e queimam quase tanto quanto o sol. É o chamado mormaço. Para evitar queimaduras, é importante ficar atento!

SEGURANÇA

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25. Como evitar perder meu filho na praia?

Vigilância é a palavra-chave. O ideal é não deixá-lo andar sozinho pela areia nem para comprar sorvete. Uma maneira de minimizar o problema é colocar pulseira de identificação com nome completo, telefone e endereço. Para as crianças maiores, marque um ponto de referência fixo, como prédio, árvore ou combine um local de “encontro” caso se perca dos pais. Mas lembre-se: jamais escolha pontos móveis, como carrinho de sorvete e carros estacionados.

26. Como prevenir afogamentos?

A supervisão dos pais é a principal forma de prevenção, já que bastam 30 cm de água para a criança se afogar. No mar, ela deve estar  acompanhada de um adulto que saiba nadar. Além disso, ensine seu filho a respeitar as placas de perigo e não fazer brincadeiras que facilitem acidentes na água, como dar “caldos” e cambalhotas. Na piscina, oriente-o a não brincar próximo aos filtros, que podem sugar o cabelo ou os membros, bem como pular ou mergulhar. Se optar por usar boias no mar, redobre a atenção por causa de correntes e ondas, que podem deslocar a criança para longe. Na piscina, elas são uma excelente opção, mas prefira os coletes, que são mais seguros.

27. Nos dias quentes, as crianças brincam mais fora de casa. como evitar acidentes?

Ao andar de bicicleta, skate ou patins, por exemplo, um dos maiores perigos das quedas é a lesão na cabeça, e a maneira mais eficaz de reduzir os riscos é o uso do capacete, que previne 80% dos traumas. Além desse assessório, é importante que o seu filho use joelheira e cotoveleira. Sapatos fechados, com os cadarços sempre bem amarrados, são uma maneira de evitar acidentes. Lembrando que a brincadeira sempre deve acontecer em locais seguros, como parques, ciclovias e praças, fora do fluxo de carros. Caso a criança caia e esfole a pele, a indicação é lavar o ferimento com água corrente e sabão, para prevenir infecção local. Gelo envolto por um lenço no local da pancada ajuda a diminuir o inchaço. Se houver suspeita de fratura, mobilize o mínimo possível o local comprometido e leve a criança ao pronto-socorro.

28. E se chover? preciso tirar as crianças da piscina? e do mar?

Se chover, a brincadeira na piscina deve parar, mesmo sem raios. Durante a chuva, o piso fica molhado e mais propício a quedas, escorregões com lesões graves, sem contar o fato de que um raio pode ocorrer de forma inesperada. Além do cloro, que conduz eletricidade, ficar com parte do corpo fora da água funciona como para-raios, o que pode levar a uma descarga elétrica grave ou até fatal. Na praia, não vale só tirar as crianças do mar, é preciso ir embora imediatamente. Isso porque, por ser um local descampado, nos tornamos pontos altos em relação à areia e, portanto, alvos de descargas elétricas. Ficar embaixo do guarda-sol é pior ainda, porque ele se torna o ponto alto e, portanto, um facilitador da descarga.

Fontes: Cassio Marcelo Siqueira Hernandes, dermatologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco (SP), Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz Morumbi (SP), Debora Ascar Requena Perez, pediatra e infectologista do Hospital Assunção (SP), Edison Giglio de Oliveira, dermatologista do Hospital e Maternidade Brasil (SP), Juliana Rosis, neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP), Maria Inês Pinto Nantes, pediatra do Hospital da Criança, da Rede D’Or São Luiz (SP), Milena de Paulis, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), Mirna Dourado Gomes da Silva, nutricionista clínica do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e Selma Helene, dermatologista pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

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