Crescer
Meu filho tem quase 2 anos e ainda não fala. O que fazer?
Pergunta foi enviada por Elma Ribeiro, mãe de Pedro Manoel, 1 ano e 9 meses. Veja como outras famílias lidaram com problemas parecidos e a opinião de um especialista
2 min de leitura![Esse é o Pedro (Foto: Arquivo pessoal) Esse é o Pedro (Foto: Arquivo pessoal)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/pxuWUEeDDFOv7CFC7J-cEp6QexY=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2017/12/01/esse-e-o-pedro.jpg)
Esse é o Pedro (Foto: Arquivo pessoal)
Ajuda especializada
Até os 2 anos, minha filha não falava praticamente nada. Contei ao pediatra dela que isso estava me deixando preocupada. Então, ele me recomendou que procurasse o apoio de uma fonoaudióloga. Após a avaliação, a profissional passou alguns truques para estimular a fala, como imitar o som de animais e repetir o nome dos objetos toda vez que ela quisesse alcançá-los. Deu certo! Quatro meses depois, ela começou a falar e hoje já se comunica muito bem.
Maricelia Souza, mãe de Alice, 3 anos
Fora, chupeta
Apesar dos estímulos, meu filho somente começou a falar com 3 anos, quando parou de usar a chupeta. Retiramos o acessório depois da recomendação de uma especialista e funcionou.
Ana Paula Clau, mãe de João, 3 anos
Forcinha
Como sempre sabia o que meu filho queria, costumava dar tudo sem que ele precisasse pedir e fazer qualquer esforço. Parei de deixar as coisas ao seu alcance e ele passou a falar desde então.
Marília Mourão Garcia, mãe de Heitor, 3 anos
Escola parceira
Sempre estimulei meu filho a conversar, mas foi a entrada dele na escola que contribuiu muito para o seu desenvolvimento oral. Hoje ele fala quase tudo e canta várias músicas infantis.
Patrícia Libardi, mãe de João Vicente, 2 anos e 2 meses
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PALAVRA DE ESPECIALISTA
Muito além da fala
Aos 2 anos, além de ser capaz de compreender e emitir frases simples, perguntar nomes e funções, a criança já deve ter um vocabulário de cerca de 300 palavras. Tão importante quanto falar é se comunicar. Por isso, observe se o seu filho dá sinais de entendimento, olha no rosto de quem fala e reconhece expressões faciais. A dica geral é, caso os pais desconfiem que há algum atraso, consultar um fonoaudiólogo especialista em linguagem para avaliar a criança individualmente.
A fala é um processo de construção único (cada criança tem um ritmo), que nasce a partir de estímulos do ambiente e tem, ainda, influência de fatores biológicos, psicológicos e sociais. A interação social, tanto com os pais quanto com outras crianças, é fundamental nessa faixa etária porque exige que a criança organize as ideias antes de transmiti-las. E essa troca com a família deve acontecer de maneira lúdica, com brincadeiras, conversas, leituras e atividades do dia a dia (como comer e tomar banho). Fale com o seu filho de forma clara e natural e sem antecipar os pedidos dele. Peça para que ele nomeie as coisas e identifique as cores, por exemplo. Por fim, lembre-se de que erros são comuns nesse aprendizado: não tem por que forçá-lo a pronunciar tudo de maneira perfeita.
Ana Cristina Montenegro, coordenadora do departamento de linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
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