"Os médicos disseram que era apenas dor pélvica da gravidez, mas era muito pior", diz mãe

Grávida do primeiro filho, Gypsy não sabia que tinha uma doença grave: “Eu não podia ir ao supermercado comprar comida, não tinha energia para cozinhar e lembro-me de acordar no meio da noite algumas vezes com dores insuportáveis", diz


Gypsy Wilby estava nas nuvens ao descobrir que estava grávida de seu primeiro filho. A futura mãe, que havia deixado o emprego para realizar o sonho de ter um bebê, teve uma surpresa positiva ao ver o teste de gravidez. Durante as primeiras semanas, tudo correu normalmente, com apenas uma sensação de cansaço, mas sem enjoos matinais.

Gypsy prometeu fazer o que for preciso para encontrar uma cura para seu câncer — Foto: Reprodução Kidspot

No entanto, após 12 semanas de gestação, Gypsy começou a se sentir extremamente mal. “Não consegui sair da cama durante uma semana inteira”, contou ela ao site australiano Kidspot. “Nunca estive tão doente em toda a minha vida. Pensei que iria passar, mas só piorava.”

Para tentar se distrair, Gypsy, que mora em Melbourne, na Austrália, visitou sua irmã em Sydney, o que pareceu funcionar temporariamente. “Não me lembro de ter passado mal lá, mas assim que voltei para casa, a doença voltou com força”, explicou. Incapaz de realizar tarefas simples como ir ao supermercado, ela começou a enfrentar noites em claro devido à dor intensa, muitas vezes recorrendo a longos banhos quentes para alívio temporário.

Após seis semanas de sofrimento, Gypsy decidiu voltar para a casa dos pais para receber cuidados contínuos. Apesar de várias consultas médicas, os profissionais inicialmente atribuíram sua dor a uma condição pélvica comum na gravidez. “Eles disseram que a dor pélvica era normal, mas eu não via outras grávidas andando com tanta dor quanto eu”, relatou.

Finalmente, um obstetra solicitou um ultrassom, revelando uma massa de 12 centímetros no ovário de Gypsy. Inicialmente diagnosticada como um mioma em degeneração, a dor era causada pela morte do tecido. Mas a situação se agravou rapidamente, e uma semana depois a massa havia crescido para 19 centímetros.

Gypsy foi imediatamente encaminhada ao hospital, mas apenas recebeu analgésicos e foi mandada de volta para casa. Dois dias depois, em dor extrema, sua mãe chamou uma ambulância. No hospital, ela finalmente recebeu o diagnóstico: câncer colorretal. “Achei que eles estavam sendo ridículos”, disse ela. “Estou grávida, sou muito jovem e super saudável.”

A notícia chocante levou a um tratamento de quimioterapia durante a gravidez, e Gypsy deu à luz sua filha Ivy por cesariana, seguida de uma grande cirurgia para remover a massa cancerosa. Após seis meses de quimioterapia, ela foi considerada curada.

No entanto, quase um ano depois, a dor voltou. “Continuei dizendo ao meu médico que sentia dor no lado direito, mas achei que poderia ser dor fantasma”, disse Gypsy. Após mais seis meses, novos exames revelaram que o câncer havia retornado, desta vez se espalhando para o ovário esquerdo e um linfonodo. “Não é bom”, disse Gypsy, que agora enfrenta um prognóstico incerto. “Disseram-me que a única coisa que podem oferecer agora é quimioterapia, mas não é uma cura, apenas prolonga minha vida.”

Determinada a lutar, a família de Gypsy iniciou uma campanha no GoFundMe para financiar terapias alternativas no México, não disponíveis na Austrália. Se isso não funcionar, ela planeja investigar tratamentos nos Estados Unidos.

Gypsy enfatiza a importância de ser proativa em questões de saúde. “Acho que agora me sentiria mais confortável em procurar ajudar a mim mesma, em vez de esperar que outra pessoa me ajude”, disse ela. “Estou tomando a iniciativa e fazendo tudo que posso para me ajudar.”

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