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Alimentação

Bebês estão comendo papinhas antes da hora, diz pesquisa

Segundo o estudo, pelo menos 54% dos bebês nos Estados Unidos é introduzido a comidas sólidas e pastosas antes dos 6 meses de idade

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Giovanna Forcioni e Malu Echeverria
A OMS recomenda o aleitamento exclusivo até os 6 meses antes da introdução dos alimentos sólidos (Foto: Gabriel Rinaldi/Editora Globo)

Com que idade seu filho começou a comer alimentos pastosos e sólidos? A Organização Mundial da Saúde recomenda que a introdução alimentar só seja feita depois de seis meses de aleitamento materno exclusivo. Mas, nos Estados Unidos, pelo menos 54% dos bebês já dá as primeiras colheradas antes desse período. Isso é o que indica um estudo publicado pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do país recentemente. 

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A questão, além da idade certa, é de que forma essa transição deve ser feita? Sucos e papinhas de frutas, por exemplo, são uma boa maneira de começar. “Inicialmente, esses alimentos devem ser oferecidos no intervalo das mamadas e em pequenas quantidades, a serem aumentadas com o passar do tempo, conforme a criança for se adaptando ao novo cardápio”, explica Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz (SP). Mas atenção: atualmente, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é de que os sucos façam parte da alimentação das crianças somente após o primeiro ano de vida. Então, caso você tenha começado o desmame antes disso, é preciso aguardar a idade ideal para oferecê-los ao seu pequeno.

É importante também adequar a consistência dos alimentos ao nascimento da dentição da criança, pois respeitar essa fase do desenvolvimento ajuda a evitar engasgos e sufocamentos. Por isso, amasse os ingredientes com garfo e/ou ofereça-os em pedaços pequenos. "Manter só papas homogêneas no cardápio nas primeiras semanas pode atrapalhar a continuidade do processo de introdução de outros alimentos. Aos poucos, é  importante oferecer outras opções além da papinha para que a criançam possa explorar e se acostumar a novas texturas, cores e sabores", afirma Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto PENSI, do Sabará Hospital Infantil (SP).

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Agora, caso seu filho pareça não gostar de um ingrediente em específico, tudo bem. A reação é comum e esperada. Segundo o especialista, antes de aceitar que ele realmente não gosta daquele alimento, vale insistir e oferecê-lo por, no mínimo, dez vezes e em diferentes preparos, ok?

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