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Hospital Materno Infantil (Foto: Divulgação)

Hospital Materno Infantil (Foto: Divulgação)

Superbactérias causaram a morte de dois recém-nascidos na semana passada, na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal, no Hospital Estadual Materno Infantil, em Goiânia (GO). Segundo nota divulgada pela instituição, a Klebisiella Pneumonia, também conhecida como KPC, é uma bactéria multirresistente, comum em unidades fechadas com uso frequente de antibióticos. “Não é uma bactéria nova”, diz Sara Gardênia, diretora técnica do hospital, em entrevista a CRESCER.
Depois de confirmar os casos, a equipe do hospital bloqueou as áreas analisadas e colocou os bebês que já estavam na UTI em isolamento. De acordo com Sara, a superlotação do hospital pode ter facilitado a contaminação. “Já chegamos a ter 35 crianças, em um lugar com capacidade para 22”, afirma.

Dos dezessete bebês que estavam na unidade quando a bactéria foi detectada, quatro já tiveram alta. “Aumentamos a quantidade de funcionários para cuidar dessas crianças e estamos tomando todas as medidas para evitar novas infecções. Os casos suspeitos que tínhamos no começo iniciaram tratamento com um antibiótico específico e, nesse momento, nenhuma das crianças que estão lá tem cultura positiva para a KPC”, diz a diretora técnica do hospital.

A unidade, no entanto, continuará bloqueada até que saiam os resultados de todos os exames. O restante do hospital funciona normalmente.

Segundo a diretora, as famílias dos bebês que faleceram estão sendo acompanhadas pela equipe de psicologia do hospital. “Lamentamos bastante. Eram bebês muito desejados. Eles estão recebendo todo tipo de suporte psicológico”, disse Sara.

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