• Juliana Veronese
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Coqueluche 1 (Foto: ThinkStock)

A coqueluche é uma doença respiratória bastante contagiosa. Ela é transmitida pela bactéria Bordetella pertussis, e se caracteriza por uma tosse severa e seca. Ao contrário da tosse que acompanha os resfriados – e que costuma durar pouco mais de uma semana – no caso da coqueluche ela dura pelo menos três semanas, e a pessoa infectada não produz secreções como catarro.

O contágio acontece através de pequenas partículas de saliva ou muco eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. Em bebês, as crises de tosse podem causar dor pelo esforço seguido e até levar a casos de desnutrição e desidratação – isso porque a tosse contínua acaba provocando vômitos na criança. Em casos mais extremos, pode levar à morte. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a coqueluche é a quinta maior causa de morte por doenças imunopreveníveis de crianças com menos de cinco anos.

A única forma efetiva de prevenção é a vacinação. “Além do esquema vacinal na infância, é necessário que todos os adolescentes e adultos tomem as doses de reforço, principalmente aqueles que convivem com bebês. Dessa forma fazemos uma proteção que chamamos de casulo, evitando que a bactéria se aproxime dos mais frágeis”, explica Dra. Isabella Ballalai, presidente da Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Bebês devem tomar a primeira dose da vacina aos 2 meses de idade, de acordo com o calendário de vacinas do Ministério da Saúde. A segunda dose ocorre aos 4 meses e, a terceira, aos 6. A partir dos 15 meses, começam a ser dadas as doses de reforço. Com o passar do tempo, o efeito protetor da vacina pode diminuir, por isso recomenda-se que adultos e adolescentes façam um reforço a cada 10 anos.