• Malu Echeverria
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As emoções da grávida podem, sim, influenciar o desenvolvimento do bebê (Foto: Thinkstock)

As emoções da grávida podem, sim, influenciar o desenvolvimento do bebê (Foto: Thinkstock)

A gravidez costuma ser lembrada como um período de plenitude, especialmente se foi planejada e/ou desejada. “Mas, obviamente, a maneira como a gestante viverá essa fase vai depender de sua história e momento de vida, considerando-se que cada gestação é única”, ressalta a psicóloga especializada em gravidez e puerpério Maiana Rappaport, da Casa Moara, em São Paulo. E o bebê, o que será que ele sente quando a mãe está feliz?

Por meio da ultrassonografia tridimensional em tempo real, é possível observar expressões faciais do bebê, incluindo sorrisos. Possivelmente, seriam reflexos naturais, segundo o ginecologista e obstetra Wagner Hisaba, especialista em medicina fetal, professor da Unifesp. Mas ainda que a medicina não tenha desvendado esse “mistério”, pode-se afirmar que a felicidade da gestante reflete no bem-estar do bebê direta e indiretamente. “Mulheres alegres, em geral, acompanham a gravidez mais de perto, alimentam-se melhor e são mais ativas”, diz Hisaba. O que, de acordo com o médico, favorece o crescimento e o desenvolvimento do bebê consequentemente.

Os benefícios não param aí. “O pré-natal vai além dos cuidados físicos, pois a saúde emocional também conta. Mãe e bebê estão em sintonia, afinal”, salienta Maiana. Daí a importância da gestante se sentir bem consigo mesma para enfrentar as transformações comuns aos nove meses.

E se eu ficar triste?


Intercalar momentos de tristeza e felicidade, no entanto, faz parte da gestação. Não só por conta das alterações hormonais típicas dessa fase, que tornam a gestante mais sensível, como também devido ao receio em relação aos desafios que vêm por aí. “Nesse caso, o apoio das pessoas que a cercam faz toda diferença, seja do companheiro, do resto da família ou da comunidade. No sentido de ouvi-la e atendê-la no que ela realmente precisa”, diz a psicóloga.

Angústia e ansiedade são inerentes à gravidez, observa Maiana, mas, se a gestante não consegue lidar com as próprias emoções, talvez seja o caso de buscar ajuda profissional. Quando a tristeza traz consigo também apatia (o que é diferente de cansaço) e choro em excesso, atenção. Esses sentimentos podem levar à depressão pós-parto, cujos sintomas podem aparecer desde a gestação.

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