• Giovanna Forcioni
Atualizado em

Mais um ponto para a amamentação! Uma revisão de estudos publicada na revista científica Journal of the American Heart Association (JAHA) mostrou que mulheres que amamentam seus filhos por 12 meses ou mais têm menos chances de sofrer derrames e desenvolver doenças cardiovasculares a longo prazo do que aquelas que não passaram por essa experiência. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram os registros de saúde de quase 1,2 milhão de mulheres por uma década.

337 PRD Gravidez Bem ao coracao (Foto: Getty Images)

(Foto: Getty Images)

"Mesmo que os benefícios do aleitamento para os bebês já sejam bem conhecidos, as mães devem pensar na amamentação como uma forma de melhorar a própria saúde também. Além de fornecer a nutrição ideal para o filho, agora temos ainda mais evidências de que ela é capaz de reduzir o risco pessoal de doenças cardíacas”, disse Shelley Miyamoto, uma das autoras do estudo e presidente do conselho do JAHA para doenças cardíacas congênitas e saúde do coração.

O pediatra Moises Chencinski, membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e colunista da CRESCER, também destacou em uma de suas colunas a importância da amamentação para a proteção contra doenças cardíacas. "Por incrível que pareça (ou não), ainda aparecem, com frequência, 'novidades' a respeito dos benefícios do aleitamento materno", ressaltou. 

O médico apontou, porém, que nem todas as mulheres têm a oportunidade de amamentar os filhos. "Se fosse fácil, já teríamos atingido metas mais pretensiosas de aleitamento materno no Brasil e no mundo. Afinal, que mulher não deseja ter saúde e que mãe não deseja o melhor para sua cria?", questionou.

O especialista também destacou que a decisão de iniciar a amamentação é afetada por diversos fatores, mas várias intervenções demonstraram ter um efeito positivo no início e na continuação do aleitamento materno, como apoio pré-natal e pós-natal às famílias e um ambiente de trabalho favorável à amamentação. Por isso, Chencinski reforçou a necessidade de mudanças e investimentos nessas áreas.

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