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Com apenas de 17 meses, o pequeno Rio foi levada para o hospital com dor de estômago, no entanto, dias depois faleceu em decorrência de uma rara doença arterial, segundo informou o Daily Mail. O caso aconteceu em 2017 e agora os pais da criança decidiram compartilhar sua história para ajudar crianças que estão em cuidados paliativos. 

Em novembro de 2017, Ryan e Karen Fowler perceberam que sua filha Remi, de 4 anos, estava com gastroenterite, isto é, uma inflamação no estômago, que causa diarreias e vômito. No dia seguinte, o filho caçula do casal também ficou doente. No entanto, o quadro de Rio estava um pouco pior que o da irmã, então, os pais decidiram levá-lo ao hospital de Sydney, na Austrália. 

Rio com a sua família (Foto: Reprodução Daily Mail )

Rio com a sua família (Foto: Reprodução Daily Mail )

Chegando à unidade de saúde, os médicos trataram seu quadro como um caso de desidatração e, logo em seguida, deram alta para o paciente. Com o passar do tempo, a situação de Rio não melhorou. Ao voltar ao hospital, os médicos notaram que o quadro do menino estava se agravando muito rápido. 

Na ocasião, os especialistas pensaram que seria um tumor e fizeram uma cirurgia de seis horas para confirmar se a massa encontrada no raio X do pequeno era de fato um tumor. No entanto, na verdade, ele estava com suas artérias bloqueadas e isso estava cortando o suprimento de sangue para outras partes do seu corpo. "Sua pressão arterial estava muito alta, porque seu corpo estava se esforçando para que o sangue bombeasse adequadamente", lembra o pai, em entrevista ao Daily Mail

Após três dia de internação, Rio teve sua perna amputada. Diante do quadro crítico, os médicos disseram para a família que nada mais poderia ser feito. Como seus pais não podiam levá-lo para casa porque ele precisava de equipamentos especiais e estava tomando muitos medicamentos, os médicos sugeriram que eles fossem para a Bear Cottage, uma casa de cuidados paliativos. 

Após 40 dias, ele não resistiu, pois seu fluxo sanguíneo ficou bem comprometido. Ryan disse que ficou frustrado e com raiva porque seu filho perdeu a vida para uma condição rara, que segundo ele, ainda não tinha nome. 

O atestado de óbito de Rio determinou que o pequeno teve uma vasculopatia arterial — uma inflamação das artérias, mas Ryan disse que os especialistas nunca viram nada parecido em uma pessoa tão jovem, e essa condição por si só não é a causa de morte.

Apesar de estar vivendo seu luto, Ryan diz que não pode deixar de agradecer a instituição Bear Cottage, que possibilitou os cuidados paliativos do seu filho. "Perdi minha mãe quando era jovem e estive em casas de cuidado paliativos com ela, porém, nunca pensei que estaria lá com meu filho - eu sabia que era aqui que ele morreria", desabafou o pai. 

Ryan destaca que a institição não só amparou Rio como toda a família. "Eles nos fizeram xícaras de chá quando nem pedimos. Levaram nossa filha para os shows e fizeram terapeutas conversarem com ela, e basicamente fizeram coisas com ela que não podíamos fazer por causa da condição do Rio", explicou o pai. Eles tinham até um cachorro que se sentava com as crianças e faziam elas se sentirem mais confortáveis", continuou. 

Depois que Rio morreu, em janeiro de 2018, seus pais criaram uma instituição de caridade chamada Rio's Legacy e começaram a arrecadar dinheiro para financiar casas de cuidados paliativos para crianças. "Há apenas três aqui quando há mais de 50 no Reino Unido. Acho que é porque não se fala na morte de crianças. É um assunto difícil", ele ressaltou. 

O pai ainda pensa em como seria a vida com seu filho, que hoje teria 5 anos. "Ele era meu primeiro menino e eu estava ansioso para fazer coisas com ele, como andar de bicicleta". Ao fazer isso, sinto que ainda posso correr e andar com ele". Após um ano da morte de Rio, Ryan deu as boas-vindas ao pequeno Levi.

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