Saúde
Fiocruz aponta crescimento de casos de SRAG em crianças
O aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi registrado na faixa etária de 0 a 4 anos
2 min de leituraA incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) mantém tendência de queda na população em geral, mas, nas crianças, houve uma "ascensão significativa" no mês de fevereiro, informou a Agência Brasil. A avaliação é dos pesquisadores que elaboram o Boletim Infogripe, divulgado nesta sexta-feira (4), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com base em dados até 28 de fevereiro.
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Segundo o levantamento, dados laboratoriais preliminares sugerem que há um aumento nos casos de SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) na faixa etária de 0 a 4 anos, enquanto os de SARS-CoV-2 pararam de cair nas crianças de 5 a 11 anos. Esse quadro está associado aos indícios de crescimento de casos detectados no Rio de Janeiro e no Distrito Federal nas últimas três semanas, avaliam os pesquisadores.
![Fiocruz aponta crescimento de casos de SRAG em crianças (Foto: Thinkstock) Bebê na UTI (Foto: Thinkstock)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/mgRPOsCO_nmBwf61ytUax7w7DhY=/620x480/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2016/09/14/bebe-uti.jpg)
Fiocruz aponta crescimento de casos de SRAG em crianças (Foto: Thinkstock)
De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, o risco para as crianças que não completaram a vacinação é relativamente mais alto ainda que os casos na população em geral estejam diminuindo. "Em função disso, é importante que os responsáveis levem suas crianças para os postos de vacinação e estejam atentos à data para a segunda dose", afirmou Gomes à Agência Fiocruz de Notícias. Ele acrescenta que cuidados como usar boas máscaras e evitar locais com aglomeração também podem reduzir o risco de infecção pelo VSR. "Isso vai ajudar a proteger de outros vírus respiratórios que são causa importante de internações em crianças pequenas, como é o caso do vírus sincicial respiratório. A vacinação da população adulta diminuiu radicalmente o risco de casos graves, mas a epidemia ainda está presente”, completou.
Os pesquisadores chamam atenção para o fato de que, com o aumento de novos casos durante a disseminação da variante ômicron, houve maior incidência de SRAG registrada entre crianças até 11 anos desde o início da epidemia. Esse patamar recorde de casos pode estar associado à menor cobertura vacinal dessa faixa etária, já que a vacinação para pequenos com idade 5 e 11 anos começou apenas em janeiro de 2022.
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