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Charlie morreu aos 8 meses (Foto: Reprodução/Daily Mail)

Charlie morreu aos 8 meses (Foto: Reprodução/Daily Mail)

Os pais de um bebê de apenas 8 meses que morreu repentinamente em seu berço dizem estar vivendo um "pesadelo" depois que a autópsia não conseguiu encontrar a causa da morte. Charlie Matthew Wilkinson não estava respirando quando foi encontrado em seu berço, na casa dos avós, em Wigan, na Inglaterra, no dia 6 de junho do ano passado. Ele chegou a ser levado às pressas para a enfermaria Royal Albert Edward, no entanto, foi declarado morto cerca de uma hora depois. Charlie era irmão gêmeo de Finnley, informou o Daily Mail.

Um inquérito sobre a morte do menino foi realizado nesta terça-feira (26), no Bolton Coroner's Court, pelo legista da área, Timothy Brennan, mas disse não ter encontrado nenhuma causa identificável de morte e determinou "causas naturais". No documento, consta que, de acordo com sua rotina normal, Charlie foi alimentado e colocado em seu berço. Nada parecia anormal até que seu avô foi ver como ele estava um pouco depois e percebeu que o  neto não estava respirando. Os avós ligaram para a emergência enquanto tentaram fazer manobras de ressuscitação, conforme as instruções da operadora de telefone.

A mãe e o pai de Charlie, Katie Benson e Adam Wilkinson, moravam nas proximidades e lembram do momento que receberam a notícia. "Bateram na nossa porta. Era meu cunhado", disse Katie enquanto prestava depoimento no inquérito. "Ele disse que o bebê não estava respirando. Fui rapidamente para o meu carro. Eu só queria chegar ao meu bebê", lembra. Os médicos tentaram ressuscitar Charlie por pouco mais de uma hora antes de ele ser declarado morto, às 21h29. Um exame post-mortem não encontrou nenhuma evidência de anormalidade, ferimentos ou doença; e também não conseguiu identificar qualquer causa real de morte. Abigail CallenderIddon, uma pediatra consultora do Royal Albert Edward Infirmary, disse que Charlie não estava doente e que não encontraram evidências de infecção. "Ele estava feliz; ele foi colocado na cama em um berço considerado seguro e adequado e a temperatura ambiente era adequada. Não foram encontrados hematomas. Tudo foi apenas uma série de eventos infelizes", declarou.

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A família de Charlie chorou quando uma declaração de sua mãe, Katie Benson, foi lida no tribunal. Ela disse: "Nossa vida era perfeita até que esse pesadelo começou. Charlie sempre nos surpreendeu com o quão bem ele atingiu cada marco na unidade neonatal. Charlie estava apenas começando a engatinhar e estava sempre sorrindo. Ele adorava brincar com seu irmão. Nos dias que antecederam sua morte, Charlie estava bem e dormindo a noite toda. Os gêmeos faziam exames regulares e estavam bem. Eles estavam felizes e saudáveis. No dia 6 de junho, levamos Lewis, Finnley e Charlie para conhecer seus avós. Foi a primeira vez após o início da quarentena. Todos nós sentimos terrivelmente a falta de Charlie e isso foi um choque para todos nós. Como meu bebê saudável pode simplesmente dormir e nunca mais acordar? Sempre será uma pergunta que nunca sairá da minha mente", lamentou.

Antes de concluir o inquérito, o legista da área, Timothy Brennan, disse: "Não é apenas o pior pesadelo de todos os pais, é o pesadelo de todos os avós. São casos difíceis e angustiantes. Não havia nada de errado com ele; ele nasceu prematuro com 33 semanas, mas a autópsia não identificou a causa da morte. Os paramédicos disseram que ele teve uma parada cardíaca. Você luta para encontrar uma explicação, mas nenhum dos especialistas poderia lhe dar uma razão. Isso torna a perda ainda mais difícil de compreender".

"Até o dia em que dermos nosso último suspiro, nunca entenderemos por que isso aconteceu conosco e com nosso menino especial de olhos azuis. Todos que conheciam Charlie, lembra dele pelo seu grande sorriso contagiante e lindos olhos azuis, tão feliz e tão cheio de vida. Nos curtos oito meses, criamos tantas memórias incríveis que guardarei para sempre. Você deixou um impacto enorme na vida de todos que o conheceram. Nunca, em um milhão de anos, pensamos que aquela seria sua última soneca. Não houve sinais, sem avisos, apenas um buraco enorme em nossos corações e um pesadelo com o qual teremos que viver para sempre. Durma bem, menino. Mamãe e papai ficarão para sempre orgulhosos de você e farão com que sua memória viva para sempre", finalizaram os pais.