"O câncer no cérebro do meu filho de 5 anos foi diagnosticado como gripe" , conta mãe

Uma mãe que viu o filho de 5 anos morrer apenas nove meses depois do diagnóstico de câncer, resolveu fazer um alerta. Segundo ela, antes de descobrir a doença, os médicos acreditaram que o menino tinha apenas uma gripe e o mandaram repetidas vezes para casa apenas com um remédio para baixar a febre. O pequeno Aiden Stead-Homans morreu nos braços de sua mãe, Deb Stead, em 13 de setembro, após uma batalha dolorosa. Apesar da quimioterapia, os médicos descobriram um outro tumor cerebral que não haviam percebido e, depois disso, ele teve apenas dois dias de vida.

A história começou quando o menino pisou em um carrinho de brinquedo na casa da avó, em janeiro deste ano. Depois disso, ele começou a mancar e o joelho inchou. Então, a mãe, de West Midlands, na Inglaterra, o levou ao médico. Lá, os médicos atribuíram o problema a uma gripe e o mandaram para casa com antibiótico. O inchaço persistiu e da família voltou ao médico. Dessa vez, receitaram-lhe paracetamol e ibuprofeno. Apenas uma terceira ida ao hospital levou os médicos a fazerem um raio-X, pois temiam que ele tivesse uma fratura. Mas nada foi encontrado.

Os sintomas persistiram e soi aí que Aiden passou por diversos exames. E um deles revelou que o menino tinha quatro tumores. Um deles em sua perna, que havia começado a se espalhar. Rapidamente, Aiden iniciou a quimioterapia. "Ele foi muito corajoso e inspirador", disse a mãe, em entrevista ao MailOnline. "É obviamente uma coisa horrível de se passar, mas ele era um soldadinho tão corajoso, ainda estava sorrindo e feliz, apesar de tudo. Não houve um dia em que ele não sorriu", lembra.

CÂNCER TERMINAL

Mas alguns meses depois, quando o menino passou a sentir dores de cabeça e muito sono, os médicos examinaram seu cérebro e descobriram um tumor que não haviam percebido. A mãe conta que sentiu seu "mundo desabar" quando lhe disseram que o diagnóstico era terminal. "Eles fizeram novos exames e encontraram um tumor em seu cérebro que não haviam percebido antes. Eles nunca olharam seu cérebro, eles fizeram exames apenas dos ombros para abaixo, por isso não perceberam. Então, eles disseram que era terminal e eu senti meu mundo desabar. Perguntei quanto tempo Aiden tinha e disseram que ele tinha dois dias de vida. Eu esperava alguns meses, pelo menos. Foi horrível, minha cabeça girava e tive que sair da sala. Ele foi transferido para um quarto privado para que toda a família pudesse dizer adeus", conta.

"Ele não entendeu realmente o que estava acontecendo e eu disse que ele voltaria para casa em dez segundos. Contei até dez e, quando cheguei lá, ele deu seu último suspiro. Eu só quero aumentar a consciência sobre o que aconteceu com Aiden para que nenhuma mãe tenha que passar pelo que eu passei. Talvez tivesse sido diferente se os médicos tivessem reconhecido seus sintomas antes", finalizou.