• Juliana Malacarne, do home office
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Vacina_vacinação (Foto: Shutterstock)

Durante a pandemia de covid-19, muitas pessoas deixaram de tomar vacinas ou imunizar os filhos pelo medo de contrair o novo vírus. Por causa disso, o risco de pegar doenças graves que já possuem cobertura vacinal, como a meningite meningocócica, aumentou. Em webinar promovido pela Sanofi Pasteur nesta sexta (21), um painel de especialistas esclareceu dúvidas sobre a doença que afeta principalmente bebês, adolescentes e jovens adultos e ressaltou por que é importante manter a caderneta em dia apesar do coronavírus.

Além de Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur e do pediatra Marco Aurélio Sáfadi, presidente do departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, o atleta de voleibol sentado do SESI, Daniel Yoshizawa, participou do webinar contando sua história. Aos 21 anos, ele teve meningite e como sequela da doença precisou ter cinco dedos da mão e as duas pernas amputados.  “O esporte me ajudou a superar as dificuldades e me levou a lugares e conquistas que jamais imaginei. Mas a meningite não é brincadeira e mudou minha vida muito rapidamente. Não deixem de tomar a vacina”, disse.

A seguir, confira 3 perguntas e respostas sobre meningite meningocócica abordadas durante o webinar:

Quais vacinas de meningite estão disponíveis no Brasil?

Existem 12 diferentes sorogrupos de meningite meningocócica. No Brasil, os tipos A, B, C, W e Y são responsáveis por 95% dos casos e, para eles, já existe vacinação. A vacina contra o sorotipo C, está disponível no SUS e é indicada para bebês: aos 3 e 5 meses e com reforço aos 12 meses. A partir de 2020, o SUS disponibiliza também a vacina ACWY, imunizante conjugado que protege contra quatro sorotipos (A, C, W e Y) para crianças de 11 e 12 anos. A vacina contra o sorotipo B está disponível na rede particular.

Por que é importante vacinar os bebês contra a doença?

Segundo Sheila Homsani, a vacina, além de prevenir que a infecção manifesta, evita também o surgimento de portadores assintomáticos, que são importantes na cadeia de transmissão da doença. “A incidência da meningite bacteriana é relativamente rara quando comparada a outras doenças contagiosas”, explica a médica. “Porém, ela progride muito rápido, tem altas taxas de mortalidade e grande risco de deixar sequelas permanente. Por isso, a vacinação é fundamental”.

Quais são os sintomas da doença em bebês?

De acordo com o pediatra Sáfadi, os bebês menores de 1 ano que não estão vacinados são especialmente vulneráveis a meningite por ter um sistema imunológico ainda imaturo. “Quando estão com a doença, os bebês, além da febre e vômito, apresentam imensa irritabilidade e gemem muito. Nos bem novinhos, os pais podem notar um abaulamento da moleira, que fica mais alta e protuberante. Conforme a infecção evolui, podem surgir também manchas arroxeadas na pele. Esses são os principais sinais de alerta”, explica o pediatra.