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É fundamental manter a carteira de vacinação da criança em dia  (Foto: Getty Images)

É fundamental manter a carteira de vacinação da criança em dia (Foto: Produtora Pickles)

Vacinar é um ato de amor e uma das maneiras mais eficazes de proteger os pequenos de doenças que possam colocar a saúde e até a vida deles em risco. Ainda assim, muitas perguntas surgem em relação à segurança das vacinas. Saiba mais sobre o assunto:

As vacinas causam autismo.¹-²

MITO. Apesar de ter sido especulada uma possível ligação entre a vacina tríplice viral contra o sarampo, caxumba e rubéola (SCR), e o transtorno do espectro autista, grandes pesquisas epidemiológicas mostraram que não há qualquer ligação entre os dois.¹

Uma delas é a revisão de estudos realizada por um grupo dinamarquês, que foi publicada no New England Journal of Medicine, e avaliou dados de mais de meio milhão de crianças sem encontrar qualquer associação entre a vacinação e o desenvolvimento do autismo.²

A vacinação pode afetar o neurodesenvolvimento dos bebês.³-⁴

MITO. Assim como o autismo, muitas pesquisas investigaram se as vacinas poderiam causar algum efeito adverso sobre o neurodesenvolvimento durante o primeiro ano de vida dos pequenos. Mas nenhuma correlação entre o número de antígenos recebidos e os resultados neuropsicológicos adversos foi encontrada. Também não houve diferença significativa nos resultados entre as crianças que receberam as vacinas durante o primeiro ano de vida e aquelas que foram imunizadas mais tardiamente.³-⁴


�� arriscado atrasar as vacinas dos bebês.-

O cronograma de vacinação considera o momento do declínio dos anticorpos maternos e da maturação do sistema imunológico do bebê, a suscetibilidade dele às doenças, a eficácia e a dosagem das vacinas. Portanto, atrasar ou separar vacinas pode colocar as crianças sob risco desnecessários.⁵-⁶

Diversos testes foram realizados para assegurar que diferentes vacinas pudessem ser aplicadas ao mesmo tempo. Por isso, não deixe de seguir à risca a orientação de vacinação dos seus filhos. Dependendo da região geográfica, os pequenos podem receber mais de 30 doses que os protegerão de até 20 doenças diferentes nos primeiros 24 meses de vida.⁷

Tomar várias vacinas juntas pode enfraquecer o sistema imunológico.⁶-

Diferentes pesquisas negaram a ideia de que as vacinas poderiam enfraquecer a resposta imunológica do organismo, facilitando o surgimento de quadros infeciosos. Um grande estudo dinamarquês, que envolveu 805.206 crianças nascidas entre 1990 e 2001, não observou qualquer associação entre o número crescente de vacinações e o de hospitalizações por infecções relacionadas à baixa imunidade.⁶

Outro trabalho mais recente realizado no Canadá, comparou a resposta imunológica de crianças totalmente não vacinadas com as que foram imunizadas entre 3-5 anos de idade e também não encontrou diferenças significativas nos resultados.⁹

São raríssimos os casos de efeitos adversos mais severos.¹⁰

As vacinas têm um padrão de segurança ainda mais alto do que os medicamentos usados para tratar as doenças. Elas são submetidas a rigorosos estudos de segurança e eficácia para serem aprovadas. Além disso, são realizados monitoramentos contínuos a fim de identificar efeitos adversos raros que possam ter passado despercebidos nas análises anteriores. Caso seja confirmada essa possibilidade, os riscos serão avaliados e comparados aos da doença se a vacina não for administrada.¹⁰

Adjuvantes e conservantes usados nas vacinas são seguros.¹¹-¹

Duas substâncias levantaram questionamentos sobre a segurança das vacinas: o alumínio e o etilmercúrio. O primeiro trata-se do metal mais abundante no meio ambiente e muito usado pelas indústrias alimentícia e farmacêutica. Nas vacinas, é usado como componente para aumentar a resposta imunológica aos antígenos da vacina, diminuindo a dose de administração necessária. No entanto, estudos mostraram que a quantidade de alumínio advindo da vacinação nos primeiros seis meses de vida é muito pequena e até menor do que a recebida pela alimentação, incluindo leite materno e fórmula.¹¹-¹³

O etilmercúrio (ou timerosal), que é usado como conservante em frascos, também não apresenta riscos consideráveis já que é rapidamente eliminado do corpo humano, ao contrário do metilmercúrio, que possui nome parecido, daí a confusão! Nas análises realizadas com o timerosal como componente das vacinas, nenhum risco significativo associado foi verificado, assim como nenhuma evidencia de aumento do risco de autismo.¹⁴-¹⁵

As vacinas causam doenças autoimunes.¹-¹

MITO. Esta é outra questão muito estudada e, segundo os estudos epidemiológicos existentes, não há associações entre o grande número de vacinas e o risco aumentado de desenvolvimento de doenças autoimunes. Duas revisões sistemáticas que investigaram uma possível ligação entre o recebimento das doses e o desenvolvimento de esclerose múltipla negaram esta hipótese.¹⁶-¹⁷

Outro estudo alemão, com mais de 1.900 crianças, também não encontrou associação entre a vacinação e o desenvolvimento de diabetes tipo 1 naquelas que tinham alto risco de desenvolvimento de doenças autoimunes pelo histórico familiar. Essa foi a mesma conclusão de outra metanálise que envolveu 11 vacinas diferentes e 13.000 pacientes.¹⁶-¹⁹

Referências bibliográficas:

1 Wakefield, A. J., Murch, S. H., Anthony, et al.. Ileal-lymphoid-nodular hyperplasia, non-specific colitis, and pervasive developmental disorder in children. Lancet. 1998;351(9103):637-41

2 Madsen, K. M., Hviid, A., Vestergaard, M., et al. A population-based study of measles, mumps, and rubella vaccination and autism. N. Engl. J. Med. 2002;347(19): 1477–82.

3 Iqbal, S., Barile, J. P., Thompson, et al. Number of antigens in early childhood vaccines and neuropsychological outcomes at age 7-10 years. Pharmacoepidemiol. Drug Saf. 2013;22(12):1263–70.

4 Smith, M. J., and Woods, C. R.On-time vaccine receipt in the first year does not adversely affect neuropsychological outcomes. Pediatric.s 2010;125(6):1134–41.

5 Offit, P. A., Quarles, J., Gerber, et al. Addressing parents’ concerns: do multiple vaccines overwhelm or weaken the infant’s immune system? Pediatrics. 2002;109(1) 124–9.

6 Offit, P. A., and Moser, C. A. The problem with Dr Bob’s alternative vaccine schedule. Pediatrics. 2009;123(1): e164–9.

7 World Health Organization (WHO). Immunization, Vaccines and Biologicals: WHO Recommendations for Routine Immunization – Summary Tables. 2019. Disponível em: https://www.who.int/immunization/policy/immunization_tables/en/. Acessado em 20 de julho de 2021.

8 Hviid, A., Wohlfahrt, J., Stellfeld, M., et al. Childhood vaccination and nontargeted infectious disease hospitalization. JAMA 2005;294(6):699–705.

9 Sherrid, A. M., Ruck, C. E., Sutherland, D., et al. Lack of broad functional differences in immunity in fully vaccinated vs. unvaccinated children. Pediatr. Res. 2017;81(4):601–8.

10. Geoghegan S, O’Callaghan KP, Offit PA. Vaccine safety: myths and misinformation. Front Microbiol. 2020;11:372.

11. Keith LS, Jones DE, Chou CH. Aluminum toxicokinetics regarding infant diet and vaccinations. Vaccine. 2002;20(Suppl3):S13-7.
12 Mitkus RJ, King DB, Hess MA et al. Updated aluminum pharmacokinetics following infant exposures through diet and vaccination. Vaccine. 2011;29(51):9538-43.

13. Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR). Public health statement. Aluminum. 2008. Disponível em: https://www.atsdr.cdc.gov/ToxProfiles/tp22-c1-b.pdf. Acessado em 25 de junho de 2021.

14. Tozzi AE, Bisiacchi P, Tarantino V et al. Neuropsychological performance 10 years after immunization in infancy with thimerosal-containing vaccines. Pediatrics. 2009;123(2):475-82.

15. Price CS, Thompson WW, Goodson B et al. Prenatal and infant exposure to thimerosal from vaccines and immunoglobulins and risk of autism. Pediatrics. 2010;126(4):656-64.

16. Mailand MT, Frederiksen JL. Vaccines and multiple sclerosis: a systematic review. J Neurol. 2017;264(6):1035-50.

17. Mouchet J, Salvo F, Raschi E et al. Hepatitis B vaccination and the putative risk of central demyelinating diseases – a systematic review and meta-analysis. Vaccine. 2018;36(12):1548-55.

18. Beyerlein A, Strobl AN, Winkler C et al. Vaccinations in early life are not associated with development of islet autoimmunity in type 1 diabetes high-risk children: results from prospective cohort data. Vaccine. 2017;35(14):1735-41.

19. Morgan E, Halliday SR, Campbell GR et al. Vaccinations and childhood type 1 diabetes mellitus: a meta-analysis of observational studies. Diabetologia. 2016;59(2):237-43.

Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientá-lo(a) sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.

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