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As vacinas são uma das ferramentas mais poderosas da história da saúde pública¹ (Foto: Getty Images)

As vacinas são uma das ferramentas mais poderosas da história da saúde pública¹ (Foto: Getty Images)




Vacina é, sem dúvida, a palavra do momento. Nunca se falou tanto sobre o tema.  Para os responsáveis por crianças, as vacinas estão presentes no cotidiano e devem estar entre as suas prioridades, desde o nascimento.²

“Meu filho saiu da maternidade com menos de 2 kg, e contei cada grama até que atingisse o peso ideal para poder ser vacinado. Faço questão de que a carteira de vacinação dele esteja em dia, e as datas são seguidas rigorosamente. Aqui em casa, é prioridade máxima”, disse Carolina Cayres, mãe do Fernando, de 1 ano. 

O cuidado dessa mãe é mais do que justificado por fatos. Estima-se que a vacinação salvou, apenas entre 2000 e 2019, a vida de 37 milhões de crianças, de acordo com um estudo publicado em janeiro deste ano na Lancet, uma das revistas científicas mais importantes do mundo. Isso considerando apenas a vacinação infantil. Levando em conta que muitos imunizantes aplicados na infância evitam doenças também na fase adulta, esse número pode chegar a 120 milhões de vidas salvas.³

No Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), todos têm acesso a diferentes vacinas, que são uma das mais extraordinárias conquistas da ciência. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é referência mundial no tema. O Brasil é um dos poucos países que oferecem de forma universal e gratuita uma extensa lista de vacinas, em mais de 36 mil salas espalhadas por todo o território nacional. Sem contar as diversas clínicas particulares de imunização.⁴

Mesmo assim, muitas famílias têm deixado de vacinar seus filhos nos últimos anos ou de comparecer aos postos de saúde na data correta de aplicação das doses, o que acende uma luz vermelha entre os especialistas. E não é para menos. Conforme informações da Agência Brasil, divulgadas no fim do ano passado, de todas as vacinas do calendário infantil, metade não bateu a meta desde 2015; e, de 2018 para cá, nenhuma meta foi atingida.⁵ 

Apenas para citar algumas consequências desse declínio nas taxas de vacinação, crianças não vacinadas têm risco 8,6 vezes maior de serem internadas por varicela (catapora) e 6,5 vezes maior de apresentarem infecções pneumocócicas, por exemplo, segundo estudos científicos⁶,⁷

Por que se vacinou menos?
Os motivos dessa redução nas taxas de vacinação da população brasileira estão relacionados a vários fatores. Um deles são as fake news que circulam pelas redes sociais, questionando a segurança das vacinas. Vemos fake news há muito tempo. O problema é que as redes sociais têm amplificado a disseminação dessas mensagens falsas.⁸

Com estudos rigorosos e constante aprimoramento, as vacinas têm um bom perfil de segurança, segundo diversos especialistas e sociedades médicas. Eventuais reações adversas, como febre e dor no local da aplicação, podem ocorrer após a vacinação, mas os benefícios da imunização são muito mais amplos.⁹

Outra razão, segundo os especialistas, é o desconhecimento de muitas famílias sobre o calendário nacional de vacinação, que está mais complexo se comparado com o de 10 ou 20 anos atrás.⁸

Então, se não há a orientação de um profissional de saúde, alguns pais acabam se perdendo sobre quais vacinas os filhos devem tomar ou quando elas precisam ser aplicadas (veja quadro abaixo). 

 (Foto:  )

Adaptado do Ministério da Saúde do Brasil²



Vale lembrar que o cronograma de vacinação é elaborado de forma que as crianças sejam imunizadas quando começam a precisar de proteção para determinada doença. Assim, não seguir o calendário aumenta o risco de elas desenvolverem uma doença.¹⁰

Por fim, mais um fator para os números da vacinação no Brasil estarem em queda nos últimos anos é a percepção equivocada de que não é preciso mais vacinar porque as doenças desapareceram. Ao contrário do que se pensa, a erradicação de algumas doenças só foi possível graças ao sucesso de programas de imunização. E essas doenças só vão permanecer sob controle com uma altíssima cobertura vacinal em todo o País.¹¹

Mércia Scarton, mãe da Isabella, de 1 ano, é bem consciente sobre essa responsabilidade: “Fazemos questão absoluta de que todas as vacinas estejam em dia, não só pelo bem-estar de nossa filha, mas também pelo senso de coletividade.  Vacinando, protegemos não apenas a nossa bebê, mas tantas outras crianças de doenças que podem ser fatais”.

Natassia Okazaki, mãe do Leonardo, de 3 anos, e das gêmeas Rafaela e Lorena, de 1, também entende que é um esforço de todos. “Vejo como um pacto coletivo: protejo meus filhos, sempre esperando o mesmo dos outros”, comenta.

Mas é seguro sair para se vacinar agora?
Sim, os pais podem e devem seguir com a vacinação dos seus filhos, mesmo nesse período atípico. Vaciná-los é um ato de amor e proteção, muito importante para o futuro da saúde deles. O Ministério da Saúde do Brasil esclarece ainda que a rede pública de saúde está bem preparada para realizar a vacinação de forma segura. A orientação é de que a aplicação aconteça em ambientes ventilados, que haja local para a lavagem das mãos e disponibilização de álcool em gel, e que somente um familiar acompanhe a criança.12,13

Referências bibliográficas:
1- World Health Organization (WHO). Vaccines and immunization. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/vaccines-and-immunization#tab=tab_1. Acessado em 05 de março de 2021.
2- Ministério da Saúde do Brasil. Calendário nacional de vacinação. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/Calendario.Nacional.Vacinacao.2020.atualizado.pdf. Acessado em 05 de março de 2021.
3- Li X, Mukandavire C, Cucunubá ZM et al; Vaccine Impact Modelling Consortium. Estimating the health impact of vaccination against ten pathogens in 98 low-income and middle-income countries from 2000 to 2030: a modelling study. Lancet. 2021;397(10272):398-408.
4- Ministério da Saúde do Brasil. Programa nacional de imunizações (PNI). Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/o-que-e.html. Acessado em 05 de março de 2021.
5- Agência Brasil. Em queda há 5 anos, coberturas vacinais preocupam Ministério da Saúde. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-10/em-queda-ha-5-anos-coberturas-vacinais-preocupam-ministerio-da-saude. Acessado em 05 de março de 2021.
6- Glanz JM, McClure DL, Magid DJ et al. Parental refusal of varicella vaccination and the associated risk of varicella infection in children. Arch Pediatr Adolesc Med. 2010;164(1):66-70.
7- Glanz JM, McClure DL, O'Leary ST et al. Parental decline of pneumococcal vaccination and risk of pneumococcal related disease in children. Vaccine. 2011;29(5):994-9.
8- Fundação de amparo à pesquisa do estado de São Paulo (FAPESP). As razões da queda na vacinação. 2018. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/as-razoes-da-queda-na-vacinacao. Acessado em 05 de março de 2021.
9- Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Vacinas. Perguntas e respostas. Como posso ter certeza de que as vacinas são seguras? 2017. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/vacinas/perguntas-e-respostas/como-posso-ter-certeza-de-que-as-vacinas-sao-seguras. Acessado em 05 de março de 2021.
10- Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Vacinas. Perguntas e respostas. Já que meu bebê só fica em casa, posso começar a vaciná-lo mais tarde ou só quando ele for para escola? 2017. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/vacinas/perguntas-e-respostas/ja-que-meu-bebe-so-fica-em-casa-posso-comecar-a-vacina-lo-mais-tarde-ou-so-quando-ele-for-para-escola. Acessado em 27 de abril de 2021.
11- Cruz A. Saúde em foco. A queda da imunização no Brasil. Redução da cobertura vacinal no país é preocupante. 2017. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/revistaconsensus_25_a_queda_da_imunizacao.pdf. Acessado em 05 de março de 2021.
12-  Agência Brasil. Governo lança campanha nacional de multivacinação. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-10/governo-lanca-campanha-nacional-de-multivacinacao. Acessado em 27 de abril de 2021.
13- Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Vacinação de rotina durante a pandemia de COVID-19. 2020. Disponível em: https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nota-tecnica-sbim-vacinacao-rotina-pandemia.pdf. Acessado em 27 de abril de 2021.

Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientá-lo(a) sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.

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